27 de mai. de 2010

Semana de prevenção de acidentes discute bullying no Gensa e na Facensa

Acontece nesta semana, de 24 a 28 de maio, a 3ª Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) no Colégio e Faculdade Cenecista Nossa Senhora dos Anjos (Gensa e Facensa). Durante o evento, está sendo realizado um ciclo de palestras com temas diversos selecionados pela Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

Nesta quarta-feira, a palestra O Efeito do Bullying no Contexto Escolar, ministrada por Sonia Cristina Valiente Souza, apresentou o problema aos alunos, explicando que o bullying é um fenômeno que pode resultar em traumas duradouros e até provocar alterações na personalidade. “A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos”, declarou a palestrante.

O Complexo Gensa/Facensa entende que a escola é um local de respeito e de busca pela materialização dos direitos de todos os cidadãos, ou seja, de construção da cidadania. Sendo assim, incentiva comportamentos de trocas, de solidariedade e de diálogos, tratando todos os indivíduos com dignidade, com respeito à divergência, valorizando o que cada um tem de bom, para assim evitar os desvios de comportamento com levam à violência entre estudantes conhecida mundialmente como bullying.

Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

No Brasil, 40,5% dos alunos admitiram envolvimento diretamente em atos de bullying, segundo pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) realizada em 2002 com estudantes do 5º ao 8º ano do Rio de Janeiro.

Trabalho preventivo no Colégio Nossa Senhora da Glória

O tema bullying vem sendo longamente discutido e trabalhado não apenas nas Instituições Escolares, mas também por profissionais das áreas da Psicologia, Psicopedagogia, Direito, Medicina e até mesmo do Jornalismo. Hoje, sabemos que este novo termo que surge caracteriza-se por um fenômeno que há muito tempo já é identificado no mundo, discutido e trabalhado com as crianças e adolescentes nas Escolas. Porém, a sociedade vem constituindo diferentes relações cada vez mais violentas e agressivas como um todo. Devido a esta realidade, as antigas discussões, os apelidos e pequenas brigas ocorridas entre os jovens acabam tomando uma proporção maior de acordo com o modelo social vivenciado e assistido nos meios de comunicação.

Além do aumento da criminalidade, da violência e da agressividade, outros fatores contribuem para o fenômeno bullying , como por exemplo, as novas constituições familiares. De acordo com Fante (2005), as principais causas identificadas em seus estudos a respeito do tema o agressor, aquele que pratica o bullying, impõe sua autoridade frente aos demais devido “à sua carência afetiva, à ausência de limites e ao modo de afirmação do poder dos pais sobre os filhos, por meio de práticas educativas que incluem maus-tratos físicos e explosões emocionais violentas variadas” (Fante, 2005, p. 61). Ou seja, para a estudiosa, a ausência de modelos educativos humanistas são orientadores e estimulantes do comportamento da criança para a prática do bullying, induzindo-os para o caminho da intolerância, que se expressa pela não aceitação das diferenças pessoais.

Identificamos claramente a prática do bullying no dia a dia das Escolas, inicialmente pela recusa da aceitação das diferenças do outro entre os colegas. Frente a este desafio, o Colégio Nossa Senhora da Glória desde o ano de 2009 vem realizando um trabalho preventivo com os alunos, professores e funcionários da Escola, oportunizando diversificados momentos de reflexão e esclarecimentos a respeito do tema. Nestes encontros, promovemos a conscientização da importância dos relacionamentos saudáveis no ambiente escolar e do respeito às diferenças. Além disto, os professores da Escola, sob a supervisão da Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional, vem realizando projetos interdisciplinares com as turmas nos diferentes níveis de ensino. Outras ações se fazem necessárias caso se identifique previamente atitudes que dizem respeito a possível prática do bullying em sala de aula, assim a atuação do SOE é imprescindível e de extrema importância para o acompanhamento dos alunos e contato com os familiares, a fim de trabalhar, interromper e evitar maiores conflitos.

O Colégio Glória, preocupado com o tema, desenvolve ainda outras atividades e oferece novos espaços para debates e desenvolvimento deste temário interligando atividades curriculares e extra-curriculares da Escola. Estas são orientadas por diferentes profissionais e setores do Colégio enfatizando os valores, a ética e o respeito nas relações, algumas delas são: manhãs de formação com todas as turmas de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental e Ensino Médio; lideranças protagonistas, sendo encontros realizados com os grupos de apoio de cada turma no intuito de instruí-los, também, a respeito do bullying para identificação, prevenção e atuação em sala de aula como referências frente aos colegas; grupo Atitude Jovem, que se encontra todas as semanas na Escola para debates, reflexões e possíveis ações na comunidade escolar, além de atuar no Projeto Social, criado pelo próprio grupo; e o Espaço Cultural, enfatizando o Teatro na Escola.

Todos estes são espaços oferecidos pela Escola para o desenvolvimento e incentivo de construção de relações sadias, de cuidado com a própria vida e com o outro, além de mobilizar e formar os alunos a reflexões e a ações de cidadania. Assim, o Colégio Glória preocupa-se com a formação de indivíduos capazes de pensar, conviver e serem felizes.

Letícia Maccari – Orientadora Educacional do Colégio Nossa Senhora da Glória

Referência: Fante, C. (2005). Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. São Paulo.

26 de mai. de 2010

Escola Menino Deus - frentes de trabalho por uma cultura antibullying

A vida da escola se encontra com a escola da vida. O Conselho de Representantes ( CRT ) , o Grupo de Jovens e o Núcleo de Cidadania e Voluntariado da Escola Menino Deus de Porto Alegre são ferramentas importantes para a construção de uma educação para a paz, um dos paradigmas da educação franciscana bernardina.

O compromisso na formação de uma liderança sadia e comprometida com o próximo fica definido na forma como a Escola Menino Deus estimula e engaja suas lideranças juvenis, canalizando todo esse potencial para a construção de um espaço escolar que prime pelo respeito e valorização da vida.

Embora com autonomia na forma de atuação, esses três projetos juvenis desenvolvem um amplo campo de ações que busca também quebrar o tão badalado bullying e, cuja ação profilática efetiva, nem sempre praticamos.

A forma como se deu o processo da eleição de Representes de Turma ( alunos de quintas à oitava série) foi uma aula de democracia e cidadania. A apresentação de projetos de lideranças para as salas de aula e reuniões sistemáticas com o CRT tornam o mesmo, uma força de civismo na escola.

A campanha do agasalho coordenada pelo CRT e com a assessoria do SOE, engajou uma escola toda que superou a própria meta do ano passado, passando de 1200 peças para 1535 peças doadas às obras sociais das Irmãs Franciscanas Bernardinas. o título da Campanha do Agasalho foi " AQUEÇA SEU CORAÇÃO COM UMA DOAÇÃO. O Conselho de Representantes de Turma é também responsável pela organização do Seminário ADOLESCER que chega em 2010 a sua terceira edição.

Os recreios com a criançada ganharam novos personagens. RECREIO BOM D+, com jogos cooperativos coordenados pelo Grupo de Jovens da Escola sob a assessoria do Serviço de Pastoral da escola. Uma pequena ação a canalizar energias e a congregar num clima de alegria e confraternização os ambientes da escola.Uma juventude a doar tempo e conhecimento organizado para o bem de seus colegas.São Francisco deixou um legado em uma frase desafiadora: AGORA FAÇAM VOCÊS.

Por fim o Núcleo de Cidadania e Voluntariado da Escola Menino Deus com sua tenra juventude a viver lições de cidadania juvenil de uma forma sistemática, numa aula viva de inserção comunitária em suas quatro frentes de trabalho. A Creche São Francisco de Assis com suas 89 crianças, o Centro Comunitário Sagrada Família com suas 187 crianças, o Instituto do Câncer Infantil e sua Casa de Apoio com crianças e adolescentes e o Asilo da SPANN com seus 143 idosos. Aulas de amor ao próximo através de uma protagonismo vivido por 34 alunos das Sextas às Oitavas Séries. O Núcleo integra desde sua fundação em 2009, a ação Tribos nas Trilhas da Cidadania da ONG Parceiros Voluntários e o Conselho da Juventude da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga.

Uma Escola que busca em ações concretas oferecer e viver a chamada cultura antibullying ou o paradigma da educação para paz. A Escola Menino Deus completa em 2011 seus 80 anos de serviço à educação.

Professor Carlos Alberto Barcellos
Escola Menino Deus de Porto Alegre

Estado aprova lei antibullying

O combate a uma chaga nas escolas ganhou ontem o aval dos deputados estaduais. Por unanimidade, a Assembleia Legislastiva aprovou projeto de lei que estabelece políticas públicas contra o bullying nas instituições gaúchas de Ensino Básico e de Educação Infantil, públicas ou privadas.

Casos trágicos como o do adolescente Matheus Avragov Dalvit, 15 anos, que em maio acabou morto em Porto Alegre com um tiro no peito depois de reagir às frequentes gozações das quais era alvo em razão de seu tamanho, dispararam o alerta para pais, educadores e autoridades.

A proposta aprovada ontem considera bullying “toda a violência física ou psicológica, intencional e repetitiva, que ocorra sem motivação evidente, praticada por indivíduos contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar ou humilhar, causando dano emocional ou físico à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas”.

Do ponto de vista prático, a lei não estabelece ações concretas para enfrentar a violência entre os estudantes, como punições aos alunos ou a escolas negligentes. Pelo contrário, a nova lei sugere evitar sanções aos alunos agressores, privilegiando mecanismos alternativos a fim de promover sua mudança de comportamento.

Instituições poderão adaptar a sua realidade

De acordo com o deputado Adroaldo Loureiro (PDT), autor do projeto, a intenção é alertar e estimular a adoção de medidas para combater o bullying.Entre as disposições, está a inclusão no regimento de cada instituição da política antibullying considerada mais adequada a sua realidade. O secretário estadual da Educação, Ervino Deon, saudou a aprovação do projeto, mas disse que a preocupação não é nova na rede pública. Segundo ele, há pelo menos três anos equipes da Saúde Escolar atuam para combater a violência.

O que prevê a lei

- Reduzir a prática de violência dentro e fora das instituições e melhorar o desempenho escolar
- Promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito aos demais
- Disseminar conhecimento sobre o fenômeno entre os responsáveis legais pelas crianças e pelos adolescentes
- Identificar concretamente, em cada instituição, a incidência e a natureza das práticas de bullying
- Desenvolver planos locais para a prevenção e o combate às práticas de bullying nas instituições de ensino
- Treinar os docentes e as equipes pedagógicas para o diagnóstico do bullying e para o desenvolvimento de abordagens de caráter preventivo
- Orientar as vítimas de bullying e seus familiares, oferecendo-lhes os necessários apoios técnico e psicológico, de modo a garantir a recuperação da autoestima das vítimas e a minimização dos eventuais prejuízos em seu desenvolvimento escolar
- Orientar os agressores e seus familiares sobre os valores, as condições e as experiências relacionadas à prática do bullying, de modo a conscientizá-los a respeito das consequências
- Evitar tanto quanto possível a punição dos agressores, privilegiando mecanismos alternativos a fim de promover sua mudança de comportamento

O que é bullying

- É a perseguição continuada a um aluno, por um ou mais colegas, por meio de intimidação psicológica ou agressão física sem motivo. Não é uma briga ou discussão ocasional, mas uma violência sistemática. Bully, em inglês, pode ser traduzido pelo termo valentão. Dele deriva a palavra bullying, que não tem uma tradução literal para o português.

(Fonte: Zero Hora)

25 de mai. de 2010

A cicatriz

Clique aqui para ouvir a mensagem

O menino tinha uma cicatriz no rosto. Os colegas na escola não falavam com ele. Nem sentavam ao seu lado. Quando os colegas o viam franziam a testa. A cicatriz era muito feia. Então a turma se reuniu com a direção e pediu que o menino da cicatriz não freqüentasse mais a escola.

Considerando o pedido, a diretoria tomou outra decisão: Se conversaria com o menino, pedindo que ele fosse sempre o último a entrar na sala de aula, pela porta do fundo, e o primeiro a sair. Desta forma, nenhum aluno teria que ver o seu rosto, a não ser que olhasse para trás. O menino da cicatriz acatou a decisão, com uma condição: Falar a todos os colegas sobre a origem da cicatriz. A turma concordou.

No dia seguinte, o menino parou diante dos colegas e relatou: - Sabe turma, eu entendo vocês. Na realidade esta cicatriz é muito feia, mas quero contar, com eu a adquiri. Eu tinha 7 anos de idade. Eu estava em casa, com meus três irmão, um de 4 anos, outro de 2 anos, uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida e minha mãe, quando o fogo começou.

Minha mãe conseguiu levar no colo meu irmão de 2 e pela mão meu irmão de 4 anos. Ela colocou-me sentado no chão, do lado de fora, e disse para ficar lá com eles. Ela foi buscar minha irmãzinha. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa, havia muita fumaça. As pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha. Foi aí que eu decidi... Saí por entre as pessoas e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. A tomei no colo... Neste momento vi alguma coisa caindo, algo que encostou no meu rosto, onde tenho esta cicatriz.

Mesmo assim, consegui sair do quarto, até o lugar onde o bombeiro podia nos ver e nos levar para fora da casa.Vocês podem achar esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que a acha linda. Todo dia quando chego, ela, a minha irmãzinha, me beija no rosto e eu esqueço que tenho uma cicatriz. Para nós, ela é uma marca de amor. O silêncio na turma era geral. A vergonha também. Conta-se que deste dia em diante, os colegas deixaram de se incomodar com a cicatriz do menino. (Autor desconhecido)Quantos colegas, com suas cicatrizes, também estão aqui na nossa escola, e não queremos ver, nem ouvir sobre a respeito! Quantas pessoas nós discriminamos por causa das suas marcas, suas histórias, suas idéias! Será que eu, nós, não temos cicatrizes também?Jesus Cristo também teve cicatrizes nas mãos, nos pés, na cabeça.

Marcas do seu amor pelas pessoas. Cicatrizes adquiridas, na esperança de que a gente viva o amor que respeita todas as diferenças. Que possamos pensar nestas coisas, nesta semana, quando lembramos a Sua ascensão. Uma boa semana.

Jesus Cristo diz: Eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.Mateus 28.20b

P. Dr. Júlio C. Adam
Pastoral Escolar da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo

20 de mai. de 2010

Blog é destaque na imprensa

O blog "SINEPE/RS contra o bullying" tem sido pauta nos veículos de comunicação do Estado.

Acesse aqui a matéria publicada no jornal Zero Hora

Acesse aqui a matéria veiculada no jornal da TVE

Acesse aqui a matéria publicada no Diário de Canoas

A Cultura da Empatia nas Relações de Convívio no Marista Sant´Ana

A Cultura do sentimento de empatia nas relações interpessoais. Esse foi o desafio que o Colégio Marista Sant´Ana de Uruguaiana assumiu como prática contra o Bullying entre as crianças e jovens que convivem no espaço escolar.

Nosso compromisso, como Direção e Educadores, é o de construir e cultivar, vigilantemente, um processo de conscientização sobre as dores emocionais e físicas que resultam de olhares de indiferença, de exclusão, agressões verbais e físicas, apelidos, deboches diretos e indiretos, provocações de qualquer espécie e que têm se revelado tão comuns no convívio entre crianças e jovens. Entendemos que é preciso tocar o coração, sensibilizar, provocar o sentimento de empatia, capacidade de se colocar no lugar do outro para avaliar, de forma mais próxima possível, o que e como o outro está sentindo. E isso se constrói no processo de uma rede de diálogo que se cria na administração de conflitos, onde os implicados podem expressar seus sentimentos e os motivos que o levam a agir de determinada maneira.

Em nosso colégio, vimos adotando alguns métodos que estão apresentando resultados concretos, observáveis. Não que tenhamos eliminado essas situações, elas continuam ocorrendo e sempre surgirão, até porque as escolas recebem, periodicamente, alunos novos, que vêm com uma cultura própria, com hábitos e valores que têm a ver com sua história de vida; esses alunos não conhecem, ainda, a cultura que já se construiu na escola e tem-se que reiniciar o trabalho e os projetos de prevenção a cada ano. Por isso, o trabalho contra o Bullying e na linha da formação humana é um processo, é contínuo, precisa renovar-se permanentemente.

Ações que, costumeiramente, fazemos:

1. Nas reuniões de início de ano com os pais, dentro do tema das normas de convivência da escola, mostramos claramente a posição da Direção àqueles que vierem praticar atos de violência de qualquer espécie e informamos, com clareza, que o aluno que assim proceder, sofrerá punição prevista no Regimento Escolar. Trabalhamos com a conscientização sobre o conteúdo do artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que diz: “ É Dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.” Dessa forma, os pais entendem o dever irrefutável, da Direção, de agir com rigor diante de situações de Bullying, na escola.

2. Sessões coletivas no início do ano escolar, pelo Serviço de Orientação Educacional, com as turmas, para sensibilizar e conscientizar sobre o sentido dessa regra de convivência ser cobrada com tanto rigor pela escola. As crianças e jovens assistem a filmes, documentários, depoimentos, travam debates, sempre mediados pela responsável pelo Serviço de Orientação Educacional, com reflexões e orientações pertinentes.

3. Aplicação do método dialógico na resolução de conflitos pelos serviços de Coordenação e Direção - Quando se evidencia um caso de Bullying na escola, ou qualquer outro conflito, os envolvidos são chamados para uma roda de diálogo e inicia-se o processo do método dialógico de resolução de conflito. Os alunos são reunidos pela Orientadora Educacional e, dependendo da gravidade da situação, a Direção está presente na roda de diálogo. Nesse processo, a criança ou o jovem que se sente ofendido, tem a palavra. Ninguém poderá interrompê-lo enquanto expressa seus sentimentos, podendo dizer quais palavras ou gestos, de modo bem especifico, causaram-lhe mágoa, ressentimentos. O mediador deve estar preparado porque, inevitavelmente, brotará o choro ou outras reações como o silêncio, então, deverá saber estimular a expressão desses sentimentos reprimidos, da forma mais apropriada possível. Num segundo momento, o agressor é ouvido, sendo incentivado a falar, não só sobre os motivos que o levaram a agir assim, mas sobre como se sente, agora, que ouviu toda a dor que causou no colega. Num terceiro momento o mediador entra em ação com o processo reflexivo sobre os sentimentos expostos, com questionamentos que levem os envolvidos a um nível de compreensão da situação e dispor-se à conciliação. Quando é um caso simples, o resultado do método dialógico, normalmente, é eficaz e conduz para uma conciliação. Os envolvidos desprevinem os espíritos, acolhem as desculpas e retoma-se a relação a partir dali, com a combinação de não haver reincidências. Há casos, mais graves, que, além desse processo todo do método dialógico, há, como conseqüência do ato, a aplicação de uma punição pela Direção. Isso tem um efeito limitador. Ajuda os jovens a desenvolverem autocontrole emocional porque sabem, de antemão, que não serão poupados de arcar com as conseqüências de seus atos. O método do diálogo usado na resolução do conflito ajuda a compreender o sentido da punição. Ela passa a ser entendida como um limitador, uma ajuda na construção de um comportamento autocontrolável e isso não gera revolta nos adolescentes. Eles compreendem o papel da Direção ao aplicar a punição e aceitam. Cabe ressalatar que é importante delegar essa tarefa de gerenciamento do conflito a profissionais que tenham muita habilidade reflexiva, de diálogo construtivo, diplomacia para promover a união, tocar o coração, sensibilizar e promover a paz nas relações.

É sempre importante ter uma pasta com textos que tragam depoimentos reais de pessoas que sofreram ou sofrem de Bullying, como aquele caso publicado pelo Jornal Zero Hora, entitulado “Bullying: quando ir à escola é um pesadelo”. Fizemos essa experiência na escola há duas semanas. O resultado do processo dialógico foi muito bem sucedido e o adolescente que praticou o Bullying, recebeu como tarefa, o referido texto impresso e deveria cumprir com a tarefa de elaborar um outro texto, que expressasse seus sentimentos em relação ao que leu. Temos o texto, que, na verdade, foi mais uma carta, dirigida à Direção, muito reveladora sobre os motivos que o levam a fazer gozações com colegas hoje ( ele sofreu sempre de Bullying na outra escola onde estudava) e falando da sua vontade de mudar, não prometendo que iria conseguir ser 100%, mas iria tentar. Isso nos anima a persistir nesse processo.

Outra estratégia que temos empreendido é a de valorizar , de modo especial, aqueles alunos estudiosos, que são discriminados, muitas vezes, pela maioria, justamente por se dedicarem mais aos estudos. Buscamos construir uma cultura de valorização do esforço pessoal para aprender. Todo aluno que se destaca em algum projeto, é feita uma ampla divulgação das suas conquistas em cartazes, banners, faixas, matérias no site da escola e na mídia local. Esse tipo de estratégia tem o propósito de melhorar a auto-estima das crianças e jovens que são dedicados e estudiosos, destacar seu valor junto à sua comunidade educativa e oportunizar um outro tipo de olhar dos colegas, para esses alunos.

Outro aspecto que é oportuno lembrar é a promoção de projetos que promovem o protagonismo juvenil e uma relação de aproximação da família com a escola, por meio de projetos solidários e de integração, abrindo-se o espaço da escola para a convivência saudável através do esporte e de eventos que valorizem a integração das famílias entre si e com a escola.

Para este ano de 2010, temos previstas, além dessas, outras ações de prevenção:

- Palestra, com Psicóloga, para alunos, por nível de ensino: “Se liga, bullying não tá com nada!”
- Palestra, com Psicóloga, para pais: “Pais e filhos: limites sem traumas”
- Painel de debates com agentes da Polícia Federal
–“Pô cara, ciberbullying é uma roubada”
- Palestra com a Diretora da escola: O Domínio das Emoções: uma competência a se construir cotidianamente
- Concurso de produção de documentários, vídeos sobre a temática do Bullying pelos alunos.

Uma comissão de avaliação fará a classificação e seleção das melhores produções e essas serão apresentadas pelos autores a diferentes públicos: pais, alunos, em reunião de educadores e em escolas da comunidade.

O Importante é sempre renovarmos as estratégias de ação, nessa luta, sem perdermos a esperança de que nosso trabalho vai render frutos em algum momento das vidas de nossos educandos; embora pareça não surtir o efeito que se espera de imediato, estamos trabalhando com a formação do ser humano e isso é processo, é vagaroso. Vale persistir, insistir, com aquela teimosa esperança alardeada por Paulo Freire, que caracteriza a prática dos educadores.

Marisa Crivelaro da Silva
Diretora do Colégio Marista Sant'Ana de Uruguaiana

18 de mai. de 2010

Ações de prevenção no Colégio Dom Bosco

O colégio Dom Bosco, preocupado com situações de ‘bullying’ que possam vir a ocorrer, está buscando ações para a conscientização dos alunos sobre a importância da convivência saudável e feliz dentro do ambiente escolar.

Algumas ações preventivas já foram tomadas e, outras, estão sendo programadas:Palestra aos alunos com um profissional especializado no assunto;Intervenção dos profissionais da educação através de conversas informais sobre o tema;Debate com os alunos sobre ‘bullying’ com relato pessoal de experiência;Os professores também tiveram oportunidades de esclarecer dúvidas sobre ‘bullying’ com o psicólogo Vinicius Dorneles, que esteve em 2009 proferindo palestra sobre o assunto.

Outra iniciativa de sucesso foi o projeto realizado pela professora de Português Ana Paula Charão. Entre as atividades, os alunos visitaram blogs, debateram sobre o assunto e reconheceram entre os colegas situações de desrespeito que poderiam ser identificadas como ‘bullying’.

Também destaca-se a proposta: "Diga não ao Bullying" feita pela chapa 2 que está concorrendo à eleição do Grêmio Estudantil, mostrando a preocupação dos alunos em se respeitar as características individuais de cada um. A proposta seria trazer palestrantes para uma ocasião especial chamada: "O momento do debate!"

O Dom Bosco apoia qualquer campanha que diga não ao ‘bullying’!!

Um abraço,Rosane/SOE
Colégio Dom Bosco de Porto Alegre

17 de mai. de 2010

Não ao Bullying no La Salle São João

No Colégio La Salle São João (Porto Alegre/RS), a Direção, os Setores Pedagógicos e os professores estão atentos às práticas do ambiente escolar que possam vir a caracterizar ‘Bullying’. O trabalho de prevenção vem sendo feito em equipe e consiste na mediação imediata à ação ou movimento observado pelos educadores. Identificado o problema, alunos e familiares são convidados a uma conversa franca sobre o tema.

Segundo os Serviços Pedagógicos, a metodologia tem sido eficiente e vem apresentando resultados positivos. Paralelo a isso, a Escola levará o tema ‘Bullying’ para a 3ª edição do Ciclo de Palestras, evento tradicional do calendário escolar que acontece no segundo semestre. Com palestras de profissionais capacitados, a idéia é cada vez mais orientar os agentes envolvidos na educação de crianças e jovens para que possam trabalhar pela prevenção dos atos agressivos.

La Salle Santo Antônio diz não ao Bullying

Em 2009, o La Salle Santo Antônio foi a primeira escola particular de Porto Alegre a firmar parceria com a ONG Iniciativa por um Ambiente Escolar Justo e Solidário, que atua em sete estados brasileiros, com o objetivo de enfrentar o bullying de forma sistemática, através do projeto Diga Não ao Bullying.

O primeiro passo para identificar a existência do bullying, foi realizar uma pesquisa com os estudantes da 5ª a 8ª Série do Ensino Fundamental, a partir de indicadores reconhecidos internacionalmente. O resultado da pesquisa comprovou que os alunos reconheciam a existência do bullying. Entretanto, o que mais surpreendeu positivamente foi que 91% dos alunos entrevistados pediram uma intervenção maior por parte dos adultos, com o intuito de diminuir e até evitar que tal prática continuasse a acontecer.

Outra iniciativa foi abrir as portas para uma pesquisa junto a alunos e colaboradores, desenvolvida pela Plan Brasil (ONG de origem inglesa, referência mundial em combate ao bullying), para que novos dados pudessem ser coletados e, a partir dos mesmos, iniciativas e propostas pudessem ser elaboradas.

Desde então o Colégio vem reforçando e realizando de forma contínua ações que promovem valores positivos, como o respeito e a solidariedade; assim como, a implantação de novas culturas na escola, como a cultura da paz e da comunicação não-violenta. O tema tem sido trabalhado nas aulas de Ensino Religioso, nas Jornadas de Formação, em encontros e palestras com a participação de pais, colaboradores e estudantes. Em decorrência, foi formado um cadastro com voluntários (pais e colaboradores) que estão dispostos a dedicar parte significativa de seu tempo para pensar atividades e iniciativas de combate ao bullying e a construção de um ambiente escolar seguro, justo, tolerante e solidário.

No dia 03 de maio p.p., o Colégio propiciou aos pais e responsáveis um encontro com os representantes da ONG Iniciativa Por um Ambiente Escolar Justo e Solidário, Mário Felizardo e Jane Pancinha. Na ocasião, estiveram presentes 85 pais e mães, que se comprometeram com as ações que serão desenvolvidas durante o ano letivo.

No próximo dia 27 acontecerá o Bate Papo na Escola, projeto desenvolvido desde 2005, que tratará do tema Cyberbullying. No dia 29, professores, colaboradores e pais voluntários participarão do Curso de Capacitação que originará o Grupo Gestor, responsável por planejar ações que serão realizadas no ambiente escolar. Em junho, dentro da programação da Semana do Meio Ambiente, estudantes de 5ª a 7ª Séries participarão da palestra sobre Cyberbullying, como uma forma de incentivo ao cuidado consigo e com o próximo.

Os resultados positivos alcançados desde que o assunto passou a ser abordado de forma objetiva são percebidos por todos, especialmente pelos estudantes. É visível a melhoria nas relações e no ambiente escolar, a partir do momento em que o La Salle Santo Antônio decidiu dizer não ao bullying.

Como prevenir o problema na escola

Através dos Grupos de Estudos na Educação Infantil, do Colégio Farroupilha, um dos grupos debruçou-se sobre o bullying. Encaminho um recorte do texto produzido pelos professores e que serve de alerta para todos nós, educadores:

Para evitar o bullying, as escolas devem investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Para os professores, que têm um papel importante na prevenção, alguns conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar.

• Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar.

• Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância.

• Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos.

• Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying procure imediatamente a direção da escola.

• Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos.

A agressividade infantil é um assunto bastante amplo e podemos notar suas raízes desde o início das relações das crianças ainda na educação infantil. Uma criança que morde o amiguinho até dois anos de idade, não pode ser rotulada como agressiva. Ela ainda não sabe usar a linguagem verbal e a linguagem corporal acaba sendo mais eficiente. A intenção da criança, ao morder ou empurrar, é obter o mais rápido possível aquele objeto de desejo.A agressividade aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes. Comportamento comum, porém necessário ser amenizado até extinguido mais uma vez explicando à criança que não é um comportamento adequado.É essencial saber discernir quando um comportamento agressivo é passageiro, por motivos temporários, como o nascimento de um irmãozinho, a hospitalização ou perda de um ente querido. Ou ainda, por mudança de casa ou escola ou se pode ser considerado como um transtorno de conduta, caso em que é necessário um acompanhamento de especialista para auxiliar a sanar o problema.

Por volta dos três anos, as crianças já acrescentaram milhares de palavras ao seu vocabulário e começam a descobrir o prazer em brincar com o outro e se comunicar. O egocentrismo começa a sair de cena e começa a socialização. Nesta fase, o comportamento agressivo intencional, ainda aparece esporadicamente e via de regra, não apresentam uma continuidade.

Já aos quatro, cinco e seis anos identificamos alguns comportamentos de discriminação que podem ter repetidamente o mesmo alvo. Aparecem os conflitos, “panelinhas”, provocações e humilhações. É aqui que pais e educadores devem estar atentos para poder inibir esse comportamento antes que ele se instale e seja mais difícil de eliminá-lo.Quando as próprias crianças criam as regras elas ganham um significado maior e têm um grande impacto nas ações.

Deve-se também trabalhar valores morais éticos como solidariedade, compartilhamento, cooperação, amizade, reciprocidade dentre outros.É muito importante detectar e combater o comportamento agressivo ainda na primeira infância, pois quando a criança não encontra obstáculos ou alguém que a alerte mostrando que não é um comportamento adequado, ela percebe que consegue liderar e tirar proveito destas situações e no futuro certamente tornar-se-á um agente do bullying e, muito provavelmente um adulto violento.A personalidade da criança forma-se até os seis anos de idade e por isso, toda experiência e sua qualidade vivida nessa fase é de fundamental importância.

Cleusa Beckel - Coordenadora de Ensino do Colégio Farroupilha

Trabalho realizado na IENH

Muito temos falado, na nossa escola, sobre o bullying. Precisamos falar! Também porque somos escola evangélica. Nosso referencial de vida, diz que diante de Deus temos todos o mesmo valor e que, não só todos tem o direito a ser feliz, mas a todos deve ser dadas as condições para viverem com dignidade. Temos, sempre que possível, olhado para os casos específicos, o que nem sempre é fácil e nem sempre gera o resultado desejado. Temos trabalhado muito na linha preventiva.

Refletindo com os alunos, antes que a discriminação surja, criando uma cultura de respeito e tolerância, falando sobre diferenças, sobre a sociedade do espetáculo, na qual estamos inseridos, etc.Uma destas práticas de prevenção, e não só diante do bullying, é feita pela pastoral, junto com os professores.

Toda semana, a pastoral elabora um texto (uma página) que é entregue a cada professor (impresso), de 6ª até 3ºs anos. O texto é lido na primeira aula do dia. O texto é mandado a todos os emails de colaboradores da IENH. É uma prática antiga na IENH. Os alunos já esperam pelo texto. Geralmente provoca boas reflexões. Outras vezes, talvez não chame a atenção da maioria, mas sempre vai ser ouvido, por um ou por outro.

Na última semana utilizamos o texto "A cicatriz" (adaptado da internet).

Outros textos podem ser encontrados no site www.ienh.com.br , na parte de meditações.

Que possamos crescer nesta discussão! Cumprimento o Sinepe pela excelente ideia!

Júlio C. Adam
Pastoral da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH)

13 de mai. de 2010

Seja bem-vindo!

Diante do problema que muitos estudantes, famílias e escolas vêm enfrentando com o bullying, o SINEPE/RS criou este espaço para compartilhar experiências de sucesso contra este tipo de violência que se manifesta no ambiente escolar.

Escolas do ensino privado gaúcho, participem! Compartilhem conosco suas experiências, para que possam servir de exemplo as demais instituições!

O que é bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por atos agressivos verbais ou físicos de maneira repetitiva por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo inglês refere-se ao verbo "ameaçar, intimidar".

Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas. E, não adianta, todo ambiente escolar pode ter esse problema. "A escola que afirma não ter bullying ou não sabe o que é ou está negando sua existência", diz o médico pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia), que estuda o problema há nove anos.

Segundo o médico, o papel da escola começa em admitir que é um local passível de bullying, informar professores e alunos sobre o que é e deixar claro que o estabelecimento não admitirá a prática - prevenir é o melhor remédio. O papel dos professores também é fundamental. "Há uma série de atividades que podem ser feitas em sala de aula para falar desse problema com os alunos. Pode ser tema de redação, de pesquisa, teatro etc. É só usar a criatividade para tratar do assunto", diz.

O papel do professor também passa por identificar os atores do bullying - agressores e vítimas. "O agressor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar onde tudo se revolve pela violência verbal ou física e ele reproduz o que vê no ambiente escolar", explica o especialista. Já a vítima costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola quanto no lar. "Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir", afirma Lauro. Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno reage, a tendência é que a provocação cesse.

Claro que não se pode banir as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. O que a escola precisa é distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. "Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?", orienta o médico. Ao perceber o bullying, o professor deve corrigir o aluno. E em casos de violência física, a escola deve tomar as medidas devidas, sempre envolvendo os pais.

O médico pediatra lembra que só a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um agressor. "A tendência é que ele seja assim por toda a vida a menos que seja tratado", diz. Uma das peças fundamentais é que este jovem tenha exemplos a seguir de pessoas que não resolvam as situações com violência - e quem melhor que o professor para isso? No entanto, o mestre não pode tomar toda a responsabilidade para si. "Bullying só se resolve com o envolvimento de toda a escola - direção, docentes e alunos - e a família", afirma o pediatra.

Fonte: Revista Nova Escola