27 de jun. de 2012

Cyberbullying: delete esta ideia da sua vida

Já faz tempo que a Rede Romano de Educação, através dos Colégios Romano Senhor Bom Jesus, São Mateus e Santa Marta, levantou a bandeira contra o Bullying, por meio de projetos desenvolvidos pelas orientadoras educacionais de cada Colégio. Partindo do conceito universal do termo bullying, encontrado tanto na internet quanto em publicações existentes, e problematizando-o com a semântica deste verbo da língua inglesa (que significa intimidar), discutimos a questão da violência, refletindo sobre a dimensão da consequência, colocando todos como co-responsáveis da ação-intervenção: agressores, vítimas e testemunhas.

21 de jun. de 2012

Colégios contratam seguro contra o ‘bullying’


RIO - As escolas parecem ter uma nova preocupação em relação ao bullying: além de educar seus alunos para evitar esse tipo de violência física ou psicológica, as instituições de ensino agora querem se proteger de possíveis prejuízos financeiros causados por ações na Justiça movidas por famílias de vítimas. Vinte colégios já contrataram um seguro contra >ita

— O novo Código Civil entende que o colégio é responsável pela reparação civil de seus estudantes. Nosso objetivo é dar proteção ao patrimônio das instituições — explica Rodrigo Granetto, chefe de Responsabilidade Civil Profissional da Ace.
O seguro pode ser contratado por universidades, colégios, escolas de idiomas, entre outros tipos de instituições de ensino. O dinheiro pode ser usado para garantir recursos financeiros na defesa jurídica de funcionários e também no pagamento de indenizações estabelecidas pela Justiça às vítimas em casos de bullying. A Ace não revela os nomes das escolas que fizeram o seguro

Prêmio começa em R$ 100 mil e pode chegar a milhões

De acordo com Granetto, o valor mínimo a ser pago ao segurado fica em torno de de R$ 100 mil, mas pode chegar a milhões de reais, dependendo do porte da escola, do perfil de seus estudantes e do valor escolhido pela instituição.

Mãe de uma vítima de bullying, Ellen Bianconi move uma ação contra o Colégio Nossa Senhora da Piedade, no Encantado. Até agora a indenização estabelecida é de R$ 100 mil, mas a escola apelou. Ela não aprova a ideia do seguro:

— Minha filha teve o cabelo cortado e foi agredida por três alunos. Eu já havia conversado com as professoras e a diretora sobre as agressões verbais, mas alegaram que não podiam fazer nada. Se fossem bem preparadas para lidar com o tema, nada disso teria acontecido. O seguro só deixa a instituição numa posição confortável, mas não vai mudar nada — opina Ellen.

A longo prazo, a Ace Seguradora quer mais do que vender apólices às instituições. O plano é criar um banco de dados sobre a ocorrência de violência nas escolas para ajudar os segurados com informações sobre os melhores procedimentos para combater o bullying.
— Com isso, vamos evitar as ações na Justiça, que podem obrigar o fechamento de escolas, que, com condenações recorrentes, ficarão com imagem arranhada — diz Granetto.

O próprio presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), Victor Nótrica, reconhece que a falta de conhecimento sobre o problema é uma das maiores falhas das escolas. Para ele, o seguro pode ser útil, mas a prevenção é mais eficaz.

— Se eu fosse proprietário de uma escola, não contrataria o seguro de jeito nenhum. Acho a melhor usar o dinheiro para investir na reeducação de alunos, na capacitação de professores e na aproximação dos pais com os colégios — comenta.
Granetto rebate esse tipo de crítica explicando que o seguro não foi criado como uma solução para a violência nas escolas.

— O seguro não tem a intenção de resolver o problema. É apenas uma das medidas a serem adotadas nas instituições. Deve haver treinamento de funcionários e professores e campanhas de conscientização dos estudantes, além da criação de um ambiente favorável ao diálogo nas escolas.

Segundo a Frente Parlamentar de Combate ao Bullying da Câmara dos Deputados, os números apontam que 45% de jovens se envolvem com o problema, seja como vítima ou agressor. No Rio, uma lei de setembro de 2010 obriga professores e funcionários de escolas a denunciar violência contra estudantes a delegacias e conselhos tutelares, caso contrário o colégio poderia ser multado. Até hoje, no entanto, nenhuma escola foi condenada a pagar de três a 20 salários mínimos por não cumprir a regra.

Vítima tem pesadelos e precisa de psiquiatra

Para Nótrica, a solução não é punir a escola. Ele, inclusive, faz críticas ao Código Civil, que responsabiliza os colégios por esse tipo de violência:

— A escola não deve ser condenada nos casos de bullying, mas, sim, o autor. O >ita

Ellen Bianconi discorda. Ela conta que a filha de 15 anos ficou traumatizada com o bullying e responsabiliza a escola. A mãe criou um blog para tratar do tema: http://bullyingnaoebrincadeiradcrianca.blogspot.com.

— Até hoje minha filha é acompanhada por um psiquiatra. Ela tem pesadelos e precisa tomar medicação para dormir. Minha luta é para que outras mães não passem pelo que passei. No blog, recebo uns 20 pedidos de ajuda de pais por mês.


Fonte: Portal Online - Extra.Globo


13 de jun. de 2012

Cuidado com o bullying



O medo da rejeição social não significa que a criança esteja sofrendo bullying. Mas fique atento: quem sofre geralmente se mantém calado por medo de revelar a violência sofrida.
Bullying tem origem da palavra inglesa bully, que significa brigão, valentão. Mesmo sem uma definição em português, ela é entendida como ameaça, opressão, intimidação e humilhação. É um ato caracterizado pela violência física ou psicológica, sem motivo claro de um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo incapaz de se defender.
As principais vítimas são crianças ou adolescentes tímidos, que apresentam dificuldades de, sozinhos, resolverem esses conflitos. Alguns exemplos de bullying são insultos, humilhações, apelidos depreciativos, agressões físicas repetitivas, roubos e destruição de objetos pessoais.

 Como identificar

Confira os sinais de que seu filho pode estar sofrendo bullying:
- Resistência em ir à escola


- Alterações alimentares e no sono


- Baixo rendimento escolar


- Poucos amigos, isolamento ou retraimento social


- Inquietude motora


- Irritabilidade e alterações de humor

 O que fazer


O bullying é uma patologia social que necessita de avaliação precisa, acompanhamento sistemático e ações efetivas de todos os envolvidos no processo, alunos, escolas e pais. Na confirmação da situação de bullying, é fundamental que a família:


- Converse com o filho, tratando o assunto de modo verdadeiro e claro


- Evite criticar o filho se ele não conseguir enfrentar a situação sozinho


- Comunique o problema à escola e cobre ações e providências no que lhes compete


- Busque apoio profissional para avaliação das consequências existentes e de como restabelecer de modo mais seguro e tranquilo a relação da criança ou adolescente com o meio escolar


Fontes: Daniela Dal-Bó Noschang, psicóloga e consultora de escolas infantis, e Karen Costa Oliveira, orientadora, psicopedagoga e gestora educacional


Fonte: Zero Hora On-line

6 de jun. de 2012

Bullying Escolar na Adolescência


O bullying sempre existiu. No fim da década de 1970, ao estudar as tendências suicidas entre adolescentes, pesquisadores descobriram que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a combater. A popularidade do fenômeno cresceu com a influência dos meios eletrônicos, como a internet e as reportagens na televisão, pois os apelidos pejorativos e as brincadeiras ofensivas foram tomando proporções maiores.

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais, físicas ou virtuais feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. É uma das formas de violência que mais cresce no mundo. O bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. Discussões ou brigas pontuais não são bullying. A agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor.

O que leva o autor do bullying a praticá-lo é querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. O autor não é assim apenas na escola. Normalmente ele tem uma relação familiar na qual tudo se resolve pela violência verbal ou física e ele reproduz isso no ambiente escolar. Sozinha, a escola não consegue resolver o problema, mas é normalmente nesse ambiente que se demonstram os primeiros sinais de um praticante de bullying. A tendência é que ele seja assim por toda a vida, a menos que seja tratado.

O espectador é um personagem fundamental no bullying. O espectador típico é uma testemunha dos fatos, pois não sai em defesa da vítima nem se junta aos autores. Essa atitude passiva pode ocorrer por medo de também ser alvo de ataques ou por falta de iniciativa para tomar partido. Os que atuam como plateia ativa ou como torcida, reforçando a agressão, rindo ou dizendo palavras de incentivo também são considerados espectadores. Eles retransmitem imagens ou fofocas. Geralmente, estão acostumados com a prática, encarando-a como natural dentro do ambiente escolar. O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque acha que pode sofrer também no futuro.

O alvo costuma ser um adolescente com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no lar. Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir. Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a provocação cesse. Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. Também pode ocorrer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas.

O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento. Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas. As vítimas chegam a concordar com a agressão, e o seu discurso segue no seguinte sentido: "Se sou gorda, por que vou dizer o contrário?"

Aqueles que conseguem reagir podem alternar momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando percebem que seus agressores ficaram impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo. Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, o adolescente que passa por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.

Fonte: A Folha