21 de dez. de 2011

Deputado reapresentou projeto que cria Dia Nacional contra o Bullying

O deputado Artur Bruno (PT-CE) apresentou o projeto (PL 1015/11) de sua autoria que institui 7 de abril como o Dia Nacional contra o Bullying, em alusão à data em que ocorreu, neste ano, o massacre em uma escola de Realengo (RJ), no qual12 crianças foram mortas a tiros por um ex-aluno. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (15), durante audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura para discutir o combate à violência nos estabelecimentos de ensino.

14 de dez. de 2011

Estudo revela dados sobre bullying


Com soluções simples e uso de tecnologia, as autoridades de Canoas, cidade localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, estão combatendo a violência nas escolas. A prefeitura divulgou dados de estudo que constatou que, dos mais de 26 mil estudantes da rede de ensino, 1.196 se envolveram em algum tipo de situação. De todos os casos, 87% abrangiam alunos de 12 a 14 anos. Uma das surpresas é que, ao contrário do que se pensava, a relação com drogas não aparece como fator determinante de agressões entre estudantes. Segundo o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Eduardo Pazinato, houve dez situações como essas no primeiro semestre e só uma no segundo. Conforme o estudo, 91% das motivações para a violência se referem a características da adolescência, como antipatia por um colega ou necessidade de autoafirmação.

Para chegar a esses dados, desde o início deste ano foi colocado à disposição dos professores das 72 escolas - 42 de ensino fundamental - o acesso on-line ao site da prefeitura para cadastro das ocorrências e preenchimento de formulário. O diagnóstico do programa, chamado Registro On-Line de Situações de Violências nas Escolas (Rove), serve de base para que seja elaborado um plano de ação de prevenção à violência escolar, como agressões ou bullying. Além disso, todas as escolas da rede municipal possuem alarmes e 18 colégios contam com câmeras de segurança. O projeto foi lançado em março, explicou o secretário. Em 2010, teve início a ronda escolar, com guardas municipais indo às escolas e tendo um contato mais próximo com alunos e professores. Já no próximo ano, começará a funcionar o registro eletrônico de ocorrência em escolas, da Guarda Municipal.

Para esse projeto, serão utilizados dez tablets. "Atualmente, são usados quatro destes aparelhos pelos guardas no Território da Paz, no Guajuviras, em um projeto piloto", disse Pazinato. Ele avaliou o programa no primeiro ano como positivo. Segundo o secretário, Canoas está com uma política pública focada na prevenção da violência escolar. Para tanto, guardas municipais proferem palestras nas escolas, visando à prevenção ao uso de drogas, de combate ao bullying, entre outros temas. "Também há teatro de fantoches com este mote", contou Pazinato. Segundo ele, houve queda nos registros do Rove do primeiro para o segundo semestre deste ano.

Fonte: Jornal Correio do Povo

7 de dez. de 2011

Bullying pode começar em casa


Cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com dicas para o combate ao bullying nas escolas, lançada nesta quarta-feira (20) em Brasília, afirma que, muitas vezes, o fenômeno começa em casa. A escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.
Segundo o texto, de autoria da psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, o exemplo dos pais é fundamental para a atitude que os filhos terão em relação aos colegas. "Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores", diz o texto.
A cartilha traz em forma de perguntas e respostas várias orientações sobre como identificar o fenômeno, quais são suas consequências e como evitar.
De acordo com o texto, o bullying é cometido pelos meninos com a utilização da força física e pelas menina com intrigas, fofocas e isolamento das colegas. As formas podem ser verbais, física e material, psicológica e moral, sexual, e virtual, conhecida como ciberbullying. Segundo a cartilha, características de comportamento podem mostrar que uma criança é vítima de bullying.
Na escola, elas ficam isoladas ou perto de adultos, são retraídas nas aulas, mostram-se tristes, deprimidas e aflitas. Em casos mais graves, podem apresentar hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em casa, a criança se queixa de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite e insônia, de acordo com a cartilha. Outros indicadores são mudanças de humor repentinas, tentativas de faltar às aulas.
Segundo o texto, a escola é corresponsável nos casos de bullying. A cartilha orienta a direção das escolas a acionar os pais, conselhos tutelares, órgãos de proteção à criança e ao adolescente. “Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão”, diz a cartilha.
O texto afirma ainda que, em casos de atos infracionais, a escola tem o dever de fazer uma ocorrência policial. “Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil”, diz o texto.
No Brasil, de acordo com a cartilha, predomina o uso de violência com armas brancas. Em escolas particulares, vítimas são segregadas, principalmente, devido a hábitos ou sotaques.
A cartilha orienta os pais a observar o comportamento dos filhos e a manter diálogo franco com eles. “Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos”, diz o texto.
Além disso, os pais devem estimular os filhos a desenvolver talentos e habilidades inatos, para resgatar a autoestima e construir sua identidade social.
Fonte: G1