21 de dez. de 2011

Deputado reapresentou projeto que cria Dia Nacional contra o Bullying

O deputado Artur Bruno (PT-CE) apresentou o projeto (PL 1015/11) de sua autoria que institui 7 de abril como o Dia Nacional contra o Bullying, em alusão à data em que ocorreu, neste ano, o massacre em uma escola de Realengo (RJ), no qual12 crianças foram mortas a tiros por um ex-aluno. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (15), durante audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura para discutir o combate à violência nos estabelecimentos de ensino.

14 de dez. de 2011

Estudo revela dados sobre bullying


Com soluções simples e uso de tecnologia, as autoridades de Canoas, cidade localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, estão combatendo a violência nas escolas. A prefeitura divulgou dados de estudo que constatou que, dos mais de 26 mil estudantes da rede de ensino, 1.196 se envolveram em algum tipo de situação. De todos os casos, 87% abrangiam alunos de 12 a 14 anos. Uma das surpresas é que, ao contrário do que se pensava, a relação com drogas não aparece como fator determinante de agressões entre estudantes. Segundo o secretário de Segurança Pública e Cidadania, Eduardo Pazinato, houve dez situações como essas no primeiro semestre e só uma no segundo. Conforme o estudo, 91% das motivações para a violência se referem a características da adolescência, como antipatia por um colega ou necessidade de autoafirmação.

Para chegar a esses dados, desde o início deste ano foi colocado à disposição dos professores das 72 escolas - 42 de ensino fundamental - o acesso on-line ao site da prefeitura para cadastro das ocorrências e preenchimento de formulário. O diagnóstico do programa, chamado Registro On-Line de Situações de Violências nas Escolas (Rove), serve de base para que seja elaborado um plano de ação de prevenção à violência escolar, como agressões ou bullying. Além disso, todas as escolas da rede municipal possuem alarmes e 18 colégios contam com câmeras de segurança. O projeto foi lançado em março, explicou o secretário. Em 2010, teve início a ronda escolar, com guardas municipais indo às escolas e tendo um contato mais próximo com alunos e professores. Já no próximo ano, começará a funcionar o registro eletrônico de ocorrência em escolas, da Guarda Municipal.

Para esse projeto, serão utilizados dez tablets. "Atualmente, são usados quatro destes aparelhos pelos guardas no Território da Paz, no Guajuviras, em um projeto piloto", disse Pazinato. Ele avaliou o programa no primeiro ano como positivo. Segundo o secretário, Canoas está com uma política pública focada na prevenção da violência escolar. Para tanto, guardas municipais proferem palestras nas escolas, visando à prevenção ao uso de drogas, de combate ao bullying, entre outros temas. "Também há teatro de fantoches com este mote", contou Pazinato. Segundo ele, houve queda nos registros do Rove do primeiro para o segundo semestre deste ano.

Fonte: Jornal Correio do Povo

7 de dez. de 2011

Bullying pode começar em casa


Cartilha do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com dicas para o combate ao bullying nas escolas, lançada nesta quarta-feira (20) em Brasília, afirma que, muitas vezes, o fenômeno começa em casa. A escola é apontada como corresponsável nos casos de violência.
Segundo o texto, de autoria da psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, o exemplo dos pais é fundamental para a atitude que os filhos terão em relação aos colegas. "Os pais, muitas vezes, não questionam suas próprias condutas e valores, eximindo-se da responsabilidade de educadores", diz o texto.
A cartilha traz em forma de perguntas e respostas várias orientações sobre como identificar o fenômeno, quais são suas consequências e como evitar.
De acordo com o texto, o bullying é cometido pelos meninos com a utilização da força física e pelas menina com intrigas, fofocas e isolamento das colegas. As formas podem ser verbais, física e material, psicológica e moral, sexual, e virtual, conhecida como ciberbullying. Segundo a cartilha, características de comportamento podem mostrar que uma criança é vítima de bullying.
Na escola, elas ficam isoladas ou perto de adultos, são retraídas nas aulas, mostram-se tristes, deprimidas e aflitas. Em casos mais graves, podem apresentar hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.
Em casa, a criança se queixa de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômitos, perda de apetite e insônia, de acordo com a cartilha. Outros indicadores são mudanças de humor repentinas, tentativas de faltar às aulas.
Segundo o texto, a escola é corresponsável nos casos de bullying. A cartilha orienta a direção das escolas a acionar os pais, conselhos tutelares, órgãos de proteção à criança e ao adolescente. “Caso não o faça poderá ser responsabilizada por omissão”, diz a cartilha.
O texto afirma ainda que, em casos de atos infracionais, a escola tem o dever de fazer uma ocorrência policial. “Tais procedimentos evitam a impunidade e inibem o crescimento da violência e da criminalidade infantojuvenil”, diz o texto.
No Brasil, de acordo com a cartilha, predomina o uso de violência com armas brancas. Em escolas particulares, vítimas são segregadas, principalmente, devido a hábitos ou sotaques.
A cartilha orienta os pais a observar o comportamento dos filhos e a manter diálogo franco com eles. “Os pais não devem hesitar em buscar ajuda de profissionais da área de saúde mental, para que seus filhos possam superar traumas e transtornos psíquicos”, diz o texto.
Além disso, os pais devem estimular os filhos a desenvolver talentos e habilidades inatos, para resgatar a autoestima e construir sua identidade social.
Fonte: G1

24 de nov. de 2011

Não se deve apenas consolar as vítimas de bullying

Um aluno chega à sala da direção chorando porque foi xingado por um colega. O gestor passa a mão na cabeça dele e dá pouca atenção ao que aconteceu. Pode ser que seja um fato isolado e que não se repita. Mas é bom lembrar que o bullying - violência verbal ou física, feita de forma intencional e continuada, por um ou mais alunos a um ou mais colegas - sempre começa com pequenas atitudes desrespeitosas. Por isso, nenhum comportamento agressivo por parte das crianças ou dos jovens deve ser ignorado pela equipe gestora e pelos professores. É claro que essa criança tem de ser acolhida e ouvida. Porém apenas o consolo não basta. Esse ato, isolado, pode reforçar a condição de fragilidade da vítima e abrir espaço para que os insultos se repitam.
Segundo Luciene Paulino Tognetta, coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Moral da Unicamp (Gepem/Unicamp), é importante conversar bastante com quem foi agredido e incentivá-lo a assumir uma postura assertiva diante do autor para que consiga expor - de forma clara e sem ser hostil - as atitudes dele que o incomodam. O aluno não pode aceitar o ocorrido de forma passiva. Um pouco de indignação nessas horas ajuda, e isso pode ser estimulado pelo adulto que o atende, na medida em que mostra que é inadmissível ser alvo de qualquer tipo de violência.
O diretor ou o professor podem acompanhá-lo, caso ele não se sinta seguro para abordar sozinho o colega e encarar uma conversa com ele. Contudo, salvo em situações de muita violência, é positivo que ele tome a iniciativa por si só, já que o convívio diário entre provocador e provocado é inevitável. Vale também dialogar previamente com o agressor para que ele se coloque no lugar do outro. Sem esperar passar muito tempo, o gestor deve conversar novamente com os envolvidos para saber como anda a relação. Assim, é possível prevenir que o episódio se torne recorrente e passe a configurar bullying.
Publicado em GESTÃO ESCOLAR, Edição 016OUTUBRO/NOVEMBRO 2011. Título original: Apenas consolar.

9 de nov. de 2011

Lady Gaga cria ONG para combater bullying



A cantora Lady Gaga anunciou nesta quarta-feira o lançamento da Fundação Born This Way para apoiar jovens de todo o mundo a lutar contra o bullying, tendo a colaboração da Universidade de Harvard, entre outras instituições.
"Juntos esperamos estabelecer um padrão de coragem e amabilidade, assim como uma comunidade em nível mundial que proteja e encoraje outros contra o bullying e o abandono", disse a artista nova-iorquina de 25 anos, em comunicado.
A ONG promoverá iniciativas para ajudar os jovens em temas como confiança própria, luta contra o bullying e desenvolvimento profissional, além de utilizar "a mobilização social como um dos meios para conseguir uma mudança positiva", diz a nota.
A fundação - que também conta com o envolvimento da mãe da cantora, Cynthia Germanotta - recebe o nome do último disco de Lady Gaga e começará a atuar no ano que vem, com a colaboração da organização California Endowment e da Fundação MacArthur, além da Universidade de Harvard.
Em diversas ocasiões, a cantora expressou sua consternação pela morte de jovens vítimas de bullying na escola, como a do adolescente nova-iorquino Jamey Rodemeyer em setembro passado, aos 14 anos de idade.
Após conhecer o caso de Jamey, a artista nova-iorquina disse pelo microblog Twitter que sentia "muita raiva" do incidente e admitiu que era "difícil sentir amor quando a crueldade leva a vida de alguém".


Fonte: Folha de São Paulo, EFE.

3 de nov. de 2011

A brincadeira que não tem graça



Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de ser inocente. Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe até um nome especial: bullying. Trata-se de um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado.

E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. Especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto-estima até o suicídio. “bullying diz respeito a atitudes agressivas, intencionais e repetidas praticadas por um ou mais alunos contra outro. Portanto, não se trata de brincadeiras ou desentendimentos eventuais. Os estudantes que são alvos de bullyingsofrem esse tipo de agressão sistematicamente”, explica o médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo feito no Brasil a respeito desse assunto — “Diga não ao bullying: Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes”, realizado pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Segundo Aramis, “para os alvos de bullying, as conseqüências podem ser depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes de autoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática podem adotar comportamentos de risco, atitudes delinqüentes ou criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”.

A pesquisa da Abrapia, que foi realizada com alunos de escolas de Ensino Fundamental do Rio de Janeiro, apresenta dados como o número de crianças e adolescentes que já foram vítimas de alguma modalidade de bullying, que inclui, além das condutas descritas anteriormente, discriminação, difamação e isolamento. O objetivo do estudo é ensinar e debater com professores, pais e alunos formas de evitar que essas situações aconteçam. “A pesquisa que realizamos revela que 40,5% dos 5.870 alunos entrevistados estão diretamente envolvidos nesse tipo de violência, como autores ou vítimas dele”, explica Aramis.

A denominação dessa prática como bullying, talvez até por ser um termo estrangeiro, ainda causa certa polêmica entre estudiosos do assunto. Para a socióloga e vice-coordenadora do Observatório de Violências nas Escolas — Brasil, Miriam Abramovay, a prática do bullying não é o que existe no país. “O que temos aqui é a violência escolar.
Se nós substituirmos a questão da violência na escola apenas pela palavra bullying, que trata apenas de intimidação, estaremos importando um termo e esvaziando uma discussão de dois anos sobre a violência nas escolas”, opina a coordenadora.

Mas, tenha o nome que tiver, não é difícil encontrar exemplos de casos em que esse tipo de violência tenha acarretado conseqüências graves no Brasil.
Em janeiro de 2003, Edimar Aparecido Freitas, de 18 anos, invadiu a escola onde havia estudado, no município de Taiúva, em São Paulo, com um revólver na mão. Ele feriu gravemente cinco alunos e, em seguida, matou-se. Obeso na infância e adolescência, ele era motivo de piada entre os colegas.

Na Bahia, em fevereiro de 2004, um adolescente de 17 anos, armado com um revólver, matou um colega e a secretária da escola de informática onde estudou. O adolescente foi preso. O delegado que investigou o caso disse que o menino sofria algumas brincadeiras que ocasionavam certo rebaixamento de sua personalidade.

Vale lembrar que os episódios que terminam em homicídio ou suicídio são raros e que não são poucas as vítimas do bullying que, por medo ou vergonha, sofrem em silêncio.
Além de haver alguns casos com desfechos trágicos, como os citados, esse tipo de prática também está preocupando por atingir faixas etárias cada vez mais baixas, como crianças dos primeiros anos da escolarização. Dados recentes mostram sua disseminação por todas as classes sociais e apontam uma tendência para o aumento rápido desse comportamento com o avanço da idade dos alunos. “Diversos trabalhos internacionais têm demonstrado que a prática de bullying pode ocorrer a partir dos 3 anos de idade, quando a intencionalidade desses atos já pode ser observada”, afirma o coordenador da Abrapia.

Por Diogo Dreyer

26 de out. de 2011

Caso Casey Heynes: o bullying e a omissão da escola

Uma cena de bullying gravada em vídeo se espalhou rapidamente pela internet e ganhou destaque na imprensa mundial. As imagens, registradas em uma escola australiana, mostram o momento em que Casey Heynes - aluno de 15 anos constantemente agredido pelos colegas - se rebela e parte para cima de um de seus agressores. Com o sucesso na rede, Heynes passou de vítima a herói. Alguns dias depois, os dois garotos eram entrevistados em programas de televisão, apresentando sua versão dos fatos (assista aos vídeos abaixo).




No calor da repercussão e na maneira superficial como o tema foi tratado pelas emissoras, perguntas fundamentais ficaram sem resposta. Qual o papel da escola na história? O que levou o garoto à reação extrema? Há, de fato, algum herói? Para responder a essas e outras dúvidas, NOVA ESCOLA ouviu as pesquisadoras Adriana Ramos e Luciene Tognetta, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM) da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As considerações das especialistas têm como objetivo mostrar a professores, gestores e pais quais ensinamentos podem ser tirados do fato e como usá-lo no combate - constante - ao bullying.

O papel da escola
Pelos comentários publicados na internet sobre o vídeo e pela própria maneira como as reportagens foram editadas, percebe-se que quase ninguém questionou o papel de professores e gestores da escola australiana. As especialistas da Unicamp explicam que, por ser um problema que ocorre entre os alunos, o bullying pode mesmo demorar para ser detectado. "Em muitos casos, quando pais e professores ficam sabendo, a criança já sofre há pelo menos dois anos", comenta Adriana Ramos.
Essa dificuldade, no entanto, não deve ser usada como desculpa para a escola se eximir de responsabilidade. No caso australiano, há fortes indícios de que professores e gestores foram omissos. "Não é possível que ninguém viu o menino passar por tanta humilhação", comenta Luciene Tognetta. Tudo leva a crer que a escola não tomou as atitudes necessárias nem antes nem depois de o problema aparecer.
A reação da diretoria ao saber da briga reforça essa suspeita. Ao saber do ocorrido, a escola optou por suspender os dois alunos. Com isso, deixou de lado todas as características do bullying e passou a lidar com o problema como se fosse uma briga comum - sem dar importância para as razões que levaram Heynes ao ato de violência. "Ao suspender os dois, a escola não evidencia que, por trás da violência, está o bullying, nem dá a eles a chance de refletir sobre a questão", diz Adriana.

Como evitar o bullying?
É preciso que a escola tome providências não só para resolver os casos de bullying já diagnosticados, mas principalmente para evitar os novos. A questão deve ser vista como parte de um trabalho contínuo de construção de valores. "Não adianta, por exemplo, falar sobre bullying se os próprios professores ridicularizam ou humilham alunos em classe", alerta Adriana.
É preciso trazer o tema para o cotidiano da escola e discutir as relações interpessoais. Questionar os estudantes sobre os critérios que adotam para valorizar ou desprezar um colega, por exemplo, é uma boa estratégia. Com isso, é possível levá-los a refletir sobre as consequências de humilhar alguém para ser aceito pelo grupo. Colocações como essas devem fazer parte das conversas com os alunos antes mesmo de o bullying se manifestar.
Além do diálogo dentro da escola, é importante estabelecer um bom canal de comunicação com os pais. Muitos educadores caem no erro de transferir a responsabilidade sobre as atitudes dos estudantes para as famílias, que em geral não têm informação suficiente para lidar com a questão. Nas entrevistas concedidas pelos pais dos garotos australianos, fica clara a sensação de impotência. "Em geral, os pais não sabem o que fazer e é papel da escola mostrar a eles como agir", defende Luciene. Isso não quer dizer assumir toda a responsabilidade pela Educação das crianças, mas compartilhá-la com as famílias e buscar juntos a solução.

Como lidar com o bullying?
Quando a escola percebe sinais de bullying, há algumas ações importantes que precisam ser tomadas. "A primeira coisa a fazer é entender como o bullying acontece dentro do ambiente escolar", explica Adriana. Uma ideia é aplicar um questionário anônimo aos alunos com perguntas relacionadas ao tema. Feito esse primeiro levantamento, pode-se criar grupos de estudo com os professores para que eles compreendam o que é o bullying e como lidar com ele.
A terceira etapa do trabalho é o diálogo com os alunos. "Grupos de apoio, filmes, debates, discussões sobre o que caracteriza o bullying e as consequências dele são boas maneiras de abordar o tema com a classe", defende Adriana. Nesses momentos, vale propor atividades em que os estudantes se coloquem no papel tanto do agressor quanto da vítima e do expectador e mostrem como se sentem.

Como discutir o caso Casey Heynes com os alunos?
A história da escola australiana pode ser usada como ponto de partida para uma discussão em sala de aula. Mas, para tanto, é fundamental fugir do senso comum e levar a turma a refletir sobre como a situação chegou àquele ponto. Geralmente, a tendência das crianças é dizer apenas se o menino está certo ou errado e se concordam ou não com a atitude. Cabe ao professor ampliar a discussão e buscar relações com o dia a dia dos alunos.
Uma sugestão é começar a análise falando sobre a atitude de Heynes. Como em todas as histórias de bullying, a reação do garoto é o resultado de um processo de humilhação que começou anos antes. Em seu depoimento, ele conta que sofria agressões há mais de três anos e explica que todo o medo e a raiva que sentia o levaram a uma explosão de agressividade.
Mais do que pedir que a turma julgue o menino, vale discutir a importância de ele tomar uma atitude. Luciene explica que reagir ao bullying é um passo importante no combate ao problema. "Indignar-se e reagir são ações fundamentais para que o aluno aprenda a lidar com os medos e consiga se impor", diz ela. Isso não quer dizer, é claro, que a escola deve incitar a violência. Há outras maneiras de o aluno se colocar e dizer não às agressões sem ter que usar a força.
Além de analisar a reação de Heynes, é importante observar as atitudes de Richard Gale - o garoto que aparece nas imagens praticando as agressões -, dos colegas que assistem à cena e dão risada e do garoto que grava (e parece narrar) o vídeo. "O bullying só acontece se a criança que o pratica tem plateia", explica Adriana. Mesmo sem participar, quem assiste à cena e quem usa os meios digitais para divulgá-la legitima a agressão e dá força para que ela aconteça. "Se a escola quer combater o bullying, precisa fazer um trabalho voltado também para os que assistem", defende a especialista.
Por fim, é necessário mostrar aos alunos a gravidade do problema e levá-los a pensar sobre as consequências de "brincadeiras" e humilhações que se repetem no dia a dia escola. "Cabe ao professor refletir com os alunos sobre a história não para justificar o que foi feito, mas para fazer com que a turma entenda que o bullying leva a atitudes extremas e precisa ser levado a sério".

19 de out. de 2011

Salvatoriano Bom Conselho investe em projeto contra o bullying


Ciente de que o bullying está presente também no ambiente escolar, o Colégio Salvatoriano Bom Conselho, de Passo Fundo, está desenvolvendo o projeto ‘Respeite as diferenças, diga NÃO ao Bullying’. Promovido pelo Setor de Orientação Educacional (SOE), o projeto tem como objetivo evitar traumas, intimidação, opressão e, ainda, doenças psicossomáticas que podem vir a se desenvolver por causa desse tipo de violência. As atividades envolvem palestras e vídeos para as turmas da Educação Infantil ao 5º ano.
Neste segundo semestre, o trabalho foi ampliado até o 3º ano do Ensino Médio, com uma abordagem sobre o cyberbullying. A instituição vê no projeto uma maneira eficiente de refletir sobre valores e princípios que guiem atitudes por um viés de responsabilidade, coletividade e compromisso educacional.

11 de out. de 2011

É difícil ser criança


Em todos os tempos se presenciou na escola, ou mesmo nos cursos complementares, alunos que são chacoteados pelos colegas o tempo todo com brincadeiras muito desagradáveis, fazendo com que estes não tenham a menor possibilidade de reagir ou mesmo reclamar. O escolhido do grupo faz de conta que não liga, brinca um pouco para disfarçar a vergonha, até pede para os colegas darem um tempo, mas nada adianta: ele é a bola da vez e nada pode mudar isso.

Revidar não adianta. Se o alvo da chacota se irritar ou reagir, a chateação vai aumentar ou mesmo piorar. Se ele fizer de conta que não se importa, o grupo vai "caprichar" na atormentação para provocar alguma reação. Esse comportamento é chamado de bullying.
O bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, repetidas e intencionais que ocorrem sem motivação aparente adotadas por um ou mais estudantes contra outro. Essas ações causam angústia e dor e são mantidas dentro de uma relação desigual de poder através de apelidos, ofensas, gozações, provocações, humilhações, exclusão, isolamento, intimidação e perseguições. Além de tiranizar, aterrorizar e ferir o aluno por meio de chutes, tapas, roubos e outras ações de caráter violento.
A maioria das escolas negam que isso acontece em suas salas. Dizem que isso é coisa da idade, que os colegas só estão brincando, que não podemos levar a sério as brincadeiras de mau gosto. Claro que em muitos momentos os alunos são inadequados uns com os outros sem a intenção de magoar; as brincadeiras passam dos limites; os apelidos são carinhosos ou nem tanto, mas não ofendem de fato, e isso é coisa da idade sim.

Mas do que estamos falando é do apelido jocoso, da brincadeira que ofende e deprecia e que acontece todos os dias. Do prazer mórbido que os colegas sentem em maltratar o outro e de vê-lo sofrer e, com isso, se sentirem "poderosos" e "donos" do colega. Também da humilhação perante as risadas e da exclusão declarada dos grupos, que marca o ano escolar do começo ao fim.
Não existe regra definida para ser um alvo de bullying, todos são alvo em potencial. Basta marcar por qualquer diferença ou ter alguma dificuldade, ou mesmo, ser uma pessoa mais sensível.
Em todos os tempos se presenciou na escola, ou mesmo nos cursos complementares, alunos que são chacoteados pelos colegas o tempo todo com brincadeiras muito desagradáveis, fazendo com que estes não tenham a menor possibilidade de reagir ou mesmo reclamar. O escolhido do grupo faz de conta que não liga, brinca um pouco para disfarçar a vergonha, até pede para os colegas darem um tempo, mas nada adianta: ele é a bola da vez e nada pode mudar isso.
Revidar não adianta. Se o alvo da chacota se irritar ou reagir, a chateação vai aumentar ou mesmo piorar. Se ele fizer de conta que não se importa, o grupo vai "caprichar" na atormentação para provocar alguma reação. Esse comportamento é chamado de bullying.
O bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, repetidas e intencionais que ocorrem sem motivação aparente adotadas por um ou mais estudantes contra outro. Essas ações causam angústia e dor e são mantidas dentro de uma relação desigual de poder através de apelidos, ofensas, gozações, provocações, humilhações, exclusão, isolamento, intimidação e perseguições. Além de tiranizar, aterrorizar e ferir o aluno por meio de chutes, tapas, roubos e outras ações de caráter violento.
A maioria das escolas negam que isso acontece em suas salas. Dizem que isso é coisa da idade, que os colegas só estão brincando, que não podemos levar a sério as brincadeiras de mau gosto. Claro que em muitos momentos os alunos são inadequados uns com os outros sem a intenção de magoar; as brincadeiras passam dos limites; os apelidos são carinhosos ou nem tanto, mas não ofendem de fato, e isso é coisa da idade sim.
Mas do que estamos falando é do apelido jocoso, da brincadeira que ofende e deprecia e que acontece todos os dias. Do prazer mórbido que os colegas sentem em maltratar o outro e de vê-lo sofrer e, com isso, se sentirem "poderosos" e "donos" do colega. Também da humilhação perante as risadas e da exclusão declarada dos grupos que marca o ano escolar do começo ao fim.
Não existe regra definida para ser um alvo de bullying, todos são alvo em potencial. Basta marcar por qualquer diferença ou ter alguma dificuldade, ou mesmo, ser uma pessoa mais sensível. Todos podem ser escolhidos e não basta estar integrado em um ano escolar pois, no ano seguinte, por qualquer razão, o integrado pode ser o escolhido.
Os autores deste tipo de comportamento são normalmente aqueles indivíduos que dispõem de poucos recursos emocionais, não se sentem queridos, não têm uma família estruturada, se sentem abandonados e menosprezados e este modelo normalmente é aprendido com seus pais e parentes.
Para estes indivíduos, a prática do bullying é, de alguma forma, motivada pela necessidade de incluir alguém em sua realidade mesmo que precariamente, pois não desfruta de um aparato atraente, tanto emocional quanto intelectual, para atrair e manter as pessoas ao seu lado de uma maneira positiva e honesta. Existe uma grande possibilidade de, na maioria dos casos, este indivíduo se manter violento e infeliz e sem possibilidade de se relacionar adequadamente, podendo se marginalizar.
O que potencializa definitivamente uma pessoa a se tornar alvo é a fragilidade emocional associada a diferença de padrão. Estar fora do padrão exige um fortalecimento dos recursos emocionais para enfrentar as reações dos colegas e, muitas vezes, o indivíduo acaba sucumbindo e se abatendo, o que gera um empobrecimento de sua auto-estima e o impede de procurar ajuda ou reagir. Com isso, a insociabilidade e a passividade aumentam fazendo despencar tanto o rendimento escolar, quanto a freqüência e interesse na escola.

Este quadro pode levar os jovens a desenvolverem uma série de doenças emocionais ou físicas devido ao stress a que estão expostos diariamente entre elas: depressão, síndrome do pânico, gastrite, colite, asma, bronquites e distúrbios alimentares.
Como podemos perceber, carrasco e vítima traduzem suas fraquezas em atitudes opostas estabelecendo uma relação de co-dependência aterrorizante. Essa situação vivida no ambiente escolar e de lazer é capaz de contaminar, ou mesmo, inviabilizar todos os desdobramentos que as relações grupais são capazes de favorecer como, por exemplo, as escolhas futuras e a profissão.
Para que esse tipo de conduta seja neutralizada nas escolas deve haver um esforço de pais e orientadores, pois os danos aos alvos são muito severos. Os pais devem avisar professores e orientadores se suspeitarem que seus filhos sejam vítimas do bullying e não devem permitir que a questão seja mal investigada ou sub-valorizada, pois é muito difícil para as escolas admitirem esta situação.
Aprendizagem é um processo muito difícil que deve promover a apreensão dos fatos, do conhecimento e da possibilidade de ser feliz e a vivência traumática não deveria fazer parte do pacote que contratamos na escola.

Silvana Martani
Psicóloga especialista em obesidadeClínica de Endocrionologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo

5 de out. de 2011

Nickelodeon lança campanha contra bullying na rede

O Nickelodeon, canal mais assistido por crianças de 2 a 14 anos nos EUA, lançou, no início desse ano, uma campanha contra o bullying na internet, tema já abordado no blog SINEPE Contra o Bullying.
Estão em exibição comerciais com conselhos de apresentadores e atores de programas do canal sobre como os jovens devem agir quando confrontados com textos, emails ou postagens hostis em redes sociais como o Facebook. "Saia do computador; não responda; bloqueie as pessoas; faça uma cópia da mensagem e mostre para um adulto de sua confiança", dizem as mensagens.
O tema recebeu ampla cobertura naquela país depois que adolescentes vítimas de ciberbullying cometeram suicídio. O presidente Barack Obama realizou uma coletiva sobre a questão mobilizando a sociedade no combate a essa forma de violência. A campanha do Nickelodeon foi elaborada em conjunto com o grupo Common Sense Media, que já trabalhou em parceria com a MTV e o Disney Channel para disseminar informações sobre o assunto. Segundo James Steyer, CEO e fundador do Common Sense Media, a esperança é que o esforço anti-bullying possa se tornar tão eficiente quanto às campanhas contra o uso de álcool na direção.
Problema comum
A campanha terá duração de dois anos, afirma Marva Smalls, vice-presidente-executiva de relações públicas do canal. "Estamos felizes por nossas estrelas terem concordado em fazer parte da campanha, o que terá uma grande repercussão entre os jovens", diz. Em uma pesquisa conduzida no final de 2009 pela AP e pela MTV, metade dos jovens entre 14 e 24 anos afirmou já ter sido vítima de ciberbullying.
O Nickelodeon é um importante parceiro para o Common Sense Media porque atinge crianças que estão começando a fazer uso de internet e telefones celulares. Além dos depoimentos dos jovens artistas, o canal também está divulgando o documento do grupo para comportamento online, alertando aos jovens que tenham consciência de que todos no mundo podem ver tudo o que postarem na rede. Um fórum de discussão online também foi criado para que pais de crianças e adolescentes possam se informar sobre o assunto.

28 de set. de 2011

Filme: Bang Bang! Você Morreu


“Bang Bang! Você Morreu” (2002) retrata a aflição e desespero de uma vítima de bullying. Ao longo da trama, Trevor é perseguido implacavelmente, de forma tão traumatizante que acaba ameaçando os integrantes do time de futebol do colégio. Só o encontro com o Sr.Duncan, muito bem interpretado pelo astro da série de TV “Ed”, Tom Cavanagh, reduz seu ímpeto por vingança. 


Clique e confira cenas do filme!

21 de set. de 2011

Projeto MudaMundo

Baseado em histórias cotidianas, que integram a realidade das crianças e das escolas brasileiras de hoje, o projeto MudaMundo está levando par

a as salas de aula a disseminação de valores positivos, éticos e morais como respeito às diferenças e ao próximo e cuidados com o meio ambiente, desde sua criação em 2006. O encontro aconteceu do dia 13 até 16 de setembro, em Rio Grande, com a realização de oficinas de sensibilização para os professores e apresentações teatrais para crianças e jovens.

O ponto de partida do projeto são quatro histórias vividas pelo personagem João, que em 2011 foram reformuladas, atendendo alguns

pedidos de educadores, e agrupadas em um único volume. Contadas em livro em forma de roteiro teatral, elas mostram os dilemas do herói negro para tentar mudar a realidade em que vive. Tudo Começa em Casa é a primeira história, na qual João faz de tudo para conseguir a atenção da avó e um abraço da mãe. Na segunda aventura, Tedê o quê?, é a vez de João mudar as coisas na escola.

O projeto distribui mil e quinhentos livros, além dos kits com caderno de sugestões de atividades, bloco e CD com mater

iais complementares para os professores. A história traz conceitos atuais como Bullying e Transtorno de Déficit de Atenção com hiperatividade (TDAH), provocando a reflexão sob

re as diferenças e importância de respeitarmos o próximo. Esse ano, o projeto já passou por Canoas, Esteio e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e São José dos Campos, em São Paulo.

Em Rio Grande, o MudaMundo foi uma realização da Signi Estratégias para Sustentabilidade com patrocínio da Refinaria de Petróleo Riograndense e o apoio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Para mais informações, acesse o site: www.mudamundo.com.br

14 de set. de 2011

Encontro do SOE com os alunos: “Sim para a Paz, não para a violência, não ao Bullying!”

O Colégio Dom Bosco de Porto Alegre promoveu um encontro sobre o Projeto "SOMOS TODOS IGUAIS PORQUE SOMOS TODOS DIFERENTES".

Nas últimas duas semanas de agosto e início de setembro, os alunos do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental encontraram-se novamente com a Orientadora Educacional do SOE, Rosane, para dar continuidade ao Projeto "SOMOS TODOS IGUAIS PORQUE SOMOS TODOS DIFERENTES".


Nesse encontro, o assunto desenvolvido para a reflexão foi: "SIM, PARA A PAZ, NÃO PARA A VIOLÊNCIA, NÃO AO BULLYING". Um dos objetivos do trabalho, que vem sendo realizado com os alunos, é criar oportunidades de interações positivas entre eles. Valorizar e fortalecer aspectos nos relacionamentos pessoais e evitar, assim, situações que possam ser caracterizadas como Bullying.

Através de um ambiente descontraído, de uma boa conversa, desenhos e músicas, o assunto Bullying foi tratado sem exageros, com tranqüilidade e de forma lúdica, sendo amplamente debatido pelas crianças.

Como sempre, houve uma participação entusiasmada dos alunos que sempre surpreendem a Orientadora: "Eles são carinhosos, participativos, espertos e muito intensos em suas opiniões. Tenho muito orgulho de trabalhar com crianças assim!".



Fonte: Colégio Dom Bosco

8 de set. de 2011

Lei tolerância zero para bullying entra em vigor nesta 5ª em New Jersey

O Estado de São Paulo, 02/09/2011 - São Paulo SP

Entre medidas, estão permissão a alunos para acusar colegas em disque-denúncia e aulas sobre tema no jardim de infância

Uma rigorosa legislação antibullying que entra em vigor nesta quinta-feira, 1, no Estado de New Jersey está provocando polêmica entre educadores. Seguindo diretrizes da Carta de Direitos Antibullying, cidades e condados estão adotando um arsenal variado de medidas, como permitir a alunos recorrer anonimamente a um serviço semelhante ao Disque-Denúncia para acusar colegas de assédio ou tornar obrigatórias aulas sobre o tema mesmo para crianças do jardim da infância.

A lei surgiu como reação ao suicídio, em setembro do ano passado, de Tyler Clementi, aluno da Universidade Rutgers. Tyler, de 18 anos, pulou de uma ponte depois que um colega colocou na internet um vídeo no qual ele beijava um homem. De acordo com reportagem publicada pelo The New York Times, a Carta de Direitos exige das autoridades a adoção de políticas abrangentes contra o bullying (descritas em 18 páginas). Cada escola terá de designar um especialista antibullying para investigar denúncias; haverá um coordenador para essa área em cada distrito no qual a rede de ensino é dividida; à Secretaria Estadual de Educação caberá a tarefa de analisar as políticas adotadas, atribuindo notas às unidades no seu site.

Segundo superintendentes da rede, educadores que não atenderam a essas determinações perderão a licença para trabalhar. Aplaudida por muitos pais e professores, a lei tem recebido críticas de técnicos. “Acho que ela passou bastante dos limites”, disse ao NYT Richard G. Bozza, diretor executivo da Associação dos Diretores de Escolas de New Jersey. “Agora a gente terá de policiar a comunidade 24 horas por dia. Onde estão as pessoas e os recursos para fazer isso?” Outra preocupação dos administradores é a de que, ao tornar as escolas legalmente responsáveis por impedir o bullying, a Carta de Direitos abras as portas para processos de vítimas de assédio e de suas famílias.

FOFOCAS, RUMORES, INSINUAÇÕES: Os defensores da lei afirmam que as escolas precisam mudar a atuação à medida que os conflitos se espalham das cafeterias e corredores para as mídias sociais, tornando os efeitos do bullying muito mais graves. “Não é mais aquela coisa tradicional do grandão dizendo no pátio: ‘Você vai fazer o que eu mandar’”, disse ao NYT Richard Bergacs, assistente de direção no colégio North Hunterdon High, na cidade de Clinton. Bergacs, que investiga meia dúzia de denúncias de bullying por mês, disse que a maioria delas envolve tanto confrontos na escola quanto comentários na internet. “São fofocas, rumores, insinuações – e as pessoas ficam loucas com elas.”


Fonte: Estadão.edu

31 de ago. de 2011

Diretoria Kzuka promove debate no Colégio São Carlos de Caxias sobre violência

Cerca de 250 estudantes de ensino médio discutiram sobre álcool e direção, além de bullying


O colégio São Carlos de Caxias do Sul foi palco para um debate sobre Violência e Mundo Jovem na manhã desta terça-feira. Os convidados do Diretoria Kzuka buscaram conscientizar os estudantes sobre os perigos do álcool, principalmente no trânsito, e as consequência do bullying.

Com mediação do vocalista da banda Puracazuah!, Delão, temas pesados entraram na roda com naturalidade e provocaram reflexões.

— Geral está morrendo por acidentes de trânsito no Brasil. São 35 mil mortes por ano —introduziu o músico.

Participaram do debate o professor da Faculdade Anglo-Americano de Caxias, Saulo Velasco, duas representantes da comissão organizadora das jornadas contra o bullying da Secretaria Municipal de Educação (SMED), Daiane Scopel Boff e Raquel Girardi, o relações-públicas da casa noturna Pepsi Club, Alexandro Tedesco Rigon e o comandante interino do 12º Batalhão da Polícia Militar (12ºBPM) de Caxias, major Jorge Emerson Ribas.

Com sorteio de brindes, quiz e até um pocket show da banda de pagode pop Puracazuah!, o Diretoria Kazuka foi marcado pela interação dos jovens.

— Acho interessante abordar o tema do bullying também nas escolas particulares, onde o assunto ainda não é tão
presente — comentou no palco a estudante do 3º ano, Mayara Mestre Santos, 17 anos.

24 de ago. de 2011

Dica de filme: "Em um mundo melhor"

Esta semana damos a dica de um filme: "Em um mundo melhor".
Ganhador do Oscar e do Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira, o filme de Susanne Bier, é uma trama, tensa e arrebatadora e mostra um paralelo entre dois países: Dinamarca e Quênia. Tem como principais temas
o bullying e o sentimento de culpa europeu diante do 3º Mundo e famílias problemáticas.

Para saber mais sobre este filme, clique aqui.


17 de ago. de 2011

Bullying: mais sério do que se imagina

A dica da semana é:

O livro: Bullying: mais sério do que se imagina




10 de ago. de 2011

Mar de ódio

"Sob anonimato, usuários de internet destilam comentários raivosos em redes sociais e outros sites; psicólogos, vítimas e moderadores discutem o fenômeno"

A Folha de São Paulo online, publicou na data de hoje (10/08) um artigo que fala sobre a temática do bullying. A matéria é muito interessante e é de autoria de Leonardo Martins que fez esta colaboração para a Folha. Segue abaixo:

Chico Buarque, 67, não conhecia os confins da internet. Recentemente, em vídeo publicado na rede, o compositor contou como essa relação começou: leu os comentários de uma notícia relacionada a ele em um grande portal.
"Hoje em dia, com essa coisa de internet, as pessoas falam o que vem à cabeça", diz. "Se o artista olhar na internet, ele é odiado". O vídeo, curiosamente, não está aberto para comentários.
O que Chico Buarque descobriu é o cotidiano da rede: com a facilidade de serem anônimos e a sensação de fazerem parte de um grande grupo, usuários destilam seu ódio em fóruns, portais e redes sociais -são os "haters" (odientos).
O excesso de raiva pode ter consequências drásticas: recentemente, o jornalista Geneton Moraes Neto moveu uma ação na Justiça contra um usuário do Twitter que o acusou de plágio. Venceu, e o réu foi condenado.
A desindividuação, fenômeno psicológico estudado desde o fim do século 19, tem sido cada vez mais discutida.
Psicólogos associam o ódio on-line à falta de estrutura familiar e afirmam que a internet escancarou as portas para o bullying.
Sites e governos buscam soluções para coibir o anonimato na rede.


Fonte: Folha de São Paulo Online

3 de ago. de 2011

Crime e castigo

Dia 1º de agosto, o site "Carta na Escola" publicou uma matéria que fala sobre a temática bullying.

Segundo a fonte:

"Anteprojeto de lei quer criminalizar o bullying. Para especialistas, educação e prevenção ainda são as melhores soluções para amenizar o problema"

"O bullying, definido como violência física ou psicológica gratuita realizada dentro de uma situação de desequilíbrio de forças, pode ganhar no Brasil uma nova dimensão: a de crime. A Promotoria da Infância e da Juventude de São Paulo apresentou um anteprojeto que o criminaliza, com pena de até três anos de reclusão para menores de 18 anos."

28 de jul. de 2011

Caros Leitores

O blog SINEPE/RS Contra o Bullying está aberto para todos os tipos de opiniões sobre a temática proposta neste espaço.

Desejamos que todos os assuntos colocados/postados despertem interesse aos leitores.

Todas as manisfestações são bem-vindas!

Aqui sempre será um espaço aberto e de livre manifestação!


27 de jul. de 2011

Bullying em pauta

Dia 11 de maio de 2011, na sessão 'Opinião' do jornal O Sul, o colunista Tito Guarniere falou sobre a temática bullying.

Segundo na opinião dele, "o que hoje chamam de bullying infantil, como se fosse uma psicopatia, é parte singela do aprendizado da vida."







13 de jul. de 2011

A Face Oculta - Uma História de Bullying e Cyberbullying

Mais uma dica de livro:

A Face Oculta - Uma história de bullying e cyberbullying

Maria Tereza Maldonado

Editora Saraiva

Para saber mais sobre este livro, clique aqui

6 de jul. de 2011

Palestra trata sobre o bullying de forma divertida e instrutiva

A palestra dramatizada "Bullying - Não quero ir pra escola", apresentada a escolas do Rio de Janeiro chega ao Rio Grande do Sul. O projeto reúne quatro atores - Juliana Duarte, Ana Beatriz Corrêa, Alisson Silveira e Rafael Oliveira - que já estiveram envolvidos com casos de bullying, seja como vítimas ou como agressores.

Trata-se de uma mistura de palestra e teatro. Ao final de cada cena, os atores fazem intervenções para falar de maneira engraçada e informal, com a linguagem dos jovens, sobre os tipos de bullying, as implicações legais, como a vítima deve proceder e outras informações importantes. Ao fim da apresentação, todos participam de um

debate com os alunos, contando suas experiências com o tema e abrindo espaço para perguntas e relatos da plateia.

O texto, todo rimado, foi escrito por João Pedro Roriz, que também assina a direção da peça. “Foi a maneira que encontramos de levar a poesia aos jovens sem se tornar chato e maçante. Como apresentamos situações engraçadas, eles se divertem do começo ao fim”, conta Ana Beatriz.

O projeto foi iniciativa da atriz Juliana Duarte, que foi vítima de bullying na infância: “Resolvi transformar a minha experiência em algo bacana. É uma maneira de exorcizar tudo que eu passei. Quando se discute o assunto, é mais fácil de prevenir que ele aconteça”.

Uma pesquisa realizada no Rio de Janeiro pela ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência) mostrou que 40,5% dos alunos do ensino fundamental II estão diretamente envolvidos com a prática de bullying, seja como agressor ou como vítima. Por isso o interesse do grupo em debater o assunto. “Muitas escolas pedem que apresentemos para os pais também. O bullying pode começar em casa. Há jovens que até são estimulados pelos pais a responder as agressões, mesmo que verbais, com agressões físicas e acabam piorando a situação”, explica Rafael Oliveira.

Mais informações sobre o projeto através dos telefones: (51) 91581644 ou (21) 76722131, com Juliana Duarte.


29 de jun. de 2011

Prevenção à Violência Escolar, no Concórdia, vira assunto interdisciplinar

Dando continuidade ao Projeto Anti-Bullying, organizado pelo Serviço de Orientação Educacional do Colégio Concórdia (SOE), diferentes ações são desenvolvidas pelos professores com o objetivo de conscientizar e alertar seus alunos sobre a violência escolar.

Nas aulas de Inglês da 7ª série, turmas A e B, a professora Rejane abordou o assunto fazendo uso do poema “I Am”, do livro da Rede Pitágoras utilizado pelos alunos.

Já a professora Elaine, de Língua Portuguesa, no mês de maio, desenvolveu com as turmas da 5ª série atividades relacionadas com o livro e o filme Ponte para Terabítia. Depois de assistirem ao filme, os alunos participaram de um Seminário, onde além de

debaterem sobre o assunto, puderam apresentar cenas dramáticas, trabalhos no Power Point e entrevistas relacionadas ao filme.

As atividades do Projeto Anti-bullying, no Concórdia, nestes primeiros meses, ficaram mais centralizadas nas aulas de Línguas e Literatura, mas seguem com a abrangência de outras disciplinas, com ações diretas também do SOE. Segundo o orientador educacional, Hélio Alabarse, os alunos hoje já podem contar com uma urna, disponibilizada no Colégio, para denúncias anônimas de casos de Bullying na Escola.

22 de jun. de 2011

Cyberbullying: delete esta ideia da sua vida


Já faz tempo que a Rede Romano de Educação, através dos Colégios Romano Senhor Bom Jesus, São Mateus e Santa Marta, levantou a bandeira contra o Bullying, por meio de projetos desenvolvidos pelas orientadoras educacionais de cada Colégio. Partindo do conceito universal do termo bullying, encontrado tanto na internet quanto em publicações existentes, e problematizando-o com a semântica deste verbo da língua inglesa (que significa intimidar), discutimos a questão da violência, refletindo sobre a dimensão da consequência, colocando todos como co-responsáveis da ação-intervenção: agressores, vítimas e testemunhas.

O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.

Hoje, como tudo acontece virtualmente, através de uma tela de computador nasce uma nova maneira de praticar o bullying. De forma silenciosa e devastadora vem crescendo o Cyberbullying, que é o bullying realizado através da internet. Trata-se do uso da tecnologia da informação para, de forma covarde, ameaçar, humilhar e intimidar uma pessoa. O Cyberbullying é tão ou mais violento que o bullying; por causar uma sensação de anonimato, o praticante se sente protegido por um dito mundo virtual e dissemina informações e imagens contra sua vítima.

Pensando nisso, a Rede Romano desenvolveu uma campanha contra o Cyberbullying, debatendo com os alunos e a comunidade em geral que a internet não é um mundo paralelo, muito menos sem lei ou à parte, a internet é vida real. Os Colégios buscaram envolver os alunos na implantação de ações de redução do comportamento agressivo, intimidante e discriminatório, bem como estimular um ambiente seguro e saudável, promovendo o respeito e a valorização das diferenças, seja em sala de aula ou nas redes sociais.

Foi a partir do trabalho de conscientização dos alunos de 5ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, por meio de vídeos, palestras e debates que nasceu a campanha “Cyberbullying: delete esta ideia da sua vida!”. Foram preparados cartazes, folders e faixas de conscientização, disseminando o projeto e pregando que a liberdade de expressão requer responsabilidade.

Os alunos de 1º ano ao 4º ano do Ensino Fundamental também participaram. As orientadoras, através da hora do conto, trouxeram a fantasia para a vida real, aplicando no cotidiano de cada um a importância de lidarmos com as diferenças, como também alertando e dando dicas sobre a segurança na internet. Os alunos do Ensino Fundamental, após interagirem com a cartilha do movimento “Criança mais segura na internet” (que também foi disponibilizado no site institucional para que as famílias também pudessem acompanhar já que nela constam exemplos concretos de conduta, nomenclatura criminal, legislação e a punição da Lei), se envolveram na campanha, com o intuito de estimular um ambiente seguro e saudável, promovendo o respeito e a valorização das diferenças.