28 de abr. de 2011

Vítimas de violência familiar são mais suscetíveis ao bullying

'Uma aproximação que inclua representantes da escola, estudantes e famílias é necessária para prevenir o bullying', diz pesquisador

Embora as vítimas de bullying enfrentem dificuldades normalmente no ambiente escolar, um estudo americano mostrou, nesta quinta-feira, que aqueles que convivem com violência em suas casas são mais suscetíveis ao problema. Famílias violentas são mais comuns entre jovens envolvidos com bullying, sejam eles os alvos ou os agressores, segundo o levantamento.

O bullying é caracterizado por agressões propositais – verbais ou físicas – feitas de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas contra um colega. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês), junto com o Departamento Público de Saúde de Massachusetts, analisou dados de estudantes de escolas de todo o Estado.

Estado-modelo - Massachusetts tem liderado o debate contra a prática do bullying nos Estados Unidos desde os suicídios de Phoebe Prince, de 15 anos, e de Carl Joseph Walker-Hoover, de 11 anos, em 2009. O Estado aprovou uma legislação contra o bullying em maio de 2010, que proíbe a ação em escolas e na Internet, e exige que as escolas desenvolvam práticas para evitar o problema e para intervir se algum caso for descoberto.

Usando os dados de Massachusetts, o CDC descobriu que os bullies – os agressores – e suas vítimas reportaram serem vítimas de violência psicológica por algum membro da família ou de terem presenciado violência em suas casas com uma frequência muito maior do que os não envolvidos em bullying.

"Uma aproximação que inclua representantes da escola, estudantes e famílias é necessária para prevenir o bullying", disseram os pesquisadores do CDC. O estudo também identificou quantidade significativa de pessoas ligadas a bullying que tinham usado álcool ou drogas recentemente.

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Fonte: Revista Veja Online - 24/04/2011

Responsabilidade Civil por assédio moral (bullying) cometido em estabelecimentos de ensino

Mais uma matéria que retrata sobre a legislação do tema bullying.

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Bullying: usos e abusos de um termo

De tanto em tanto, sofremos epidemias de explicações, e já faz algum tempo que o bullying está nesse registro. Denunciar essa prática é válido para revelar um sadismo que nunca esteve ausente da relação entre as crianças, frente ao qual as instituições escolares sempre foram cegas. Porém, acabamos observando outro fenômeno: o de um termo que acaba deixando de interpretar fenômenos e começa a participar de sua gênese.

Semana passada, um jovem entrou numa escola em Porto Alegre gritando, agredindo e causando pânico na sala de aula. Ex-aluno, justificou-se dizendo que estava vingando o bullying sofrido pela irmã. O assassino perturbado do Realengo também teria sido vítima de tal prática. Hitler teria arcado com as consequências de sua baixa autoestima e o próprio nazismo seria uma reação do povo alemão à posição humilhante em que o resto do mundo o colocou após a I Guerra. Um marido traído, motivo de chacota entre os conhecidos, pela mesma linha de argumentação, teria justificativa para matar os amantes e todos os fofoqueiros de plantão. A cadeia de ressentimentos pode não ter fim quando uma vitimização qualquer funciona como justificativa para um ato de violência. É a apoteose dos agressores que se sentem vítimas.

Minha entrada na escola deu-se juntamente com a aprendizagem da língua portuguesa, falar errado e ser estrangeira não foi fácil. Era a única criança judia da escola pública na qual fiquei até a adolescência. Na época, rezava-se todas as manhãs antes do início das atividades (nosso país sempre foi laico em termos), eu era convidada a retirar-me. O objetivo de evitar constrangimentos, ao me impor outra religião, causava um pior: o exílio do pátio. Passei, portanto, por situações que poderiam ter sido caracterizadas como bullying, as quais sempre foram poucas porque me mimetizava, tinha terror de ser tachada de diferente, já que de fato era.

Um padecimento qualquer não é uma sentença de vida, é um elemento com o qual se faz o que se consegue. Na clínica, conheci jovens e crianças que faziam coisas desagradáveis ou ridículas para que isso atraísse a agressividade dos outros, geravam hostilidade e com isso realizavam uma fantasia inconsciente. O bullying é um fenômeno, mas sua causa compõe-se de infinitas variáveis. Ser hostil com os outros, como é o caso dos algozes, provocar os maus-tratos sofridos, como por vezes é o caso das vítimas, ou mesmo ser incapaz de entrosar-se, são sintomas psíquicos, mensagens atravessadas. Perceber que a escola é a primeira experiência de socialização, onde podem nascer sofrimentos que perduram, é fundamental, mas que isso sirva para tornar a instituição mais sensível, não para aumentar o coro das vinganças justificadas.

Autora Diana Corso

Fonte: Zero Hora | 26 de abril de 2011 | N° 16682

20 de abr. de 2011

Promotores querem que o bullying seja considerado crime

Promotores da Infância e Juventude de São Paulo querem que o bullying seja considerado crime. Anteprojeto de lei elaborado pelo grupo prevê pena mínima de 1 a 4 anos de reclusão, além do pagamento de multa. Se a prática for violenta, reiterada e cometida por adolescente, em caso de condenação, o autor poderá ser acolhido pela Fundação Casa. Pela proposta, pode ser penalizado quem expuser alguém de forma voluntária e mais de uma vez a constrangimento público, escárnio ou degradação física ou moral, sem motivação evidente e estabelecendo com isso uma relação desigual de poder. No entanto, como o bullying na maioria é praticado por jovens, os promotores vão precisar adaptar a tipificação penal à aplicação de medidas socioeducativas.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo

Livro: Manual Antibullying

A literatura tem mais um livro que trata sobre o tema antibulliying.

15 de abr. de 2011

Serginho Groisman promove discussão sobre bullying

Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever a violência física e psicológica praticadas por uma pessoa ou um grupo com a intenção de intimidar ou agredir um indivíduo. Essa prática acontecia muito em escolas, mas atualmente migrou para o campo virtual.

Durante o Altas Horas deste sábado, dia 17 de abril, o apresentador Serginho Groisman promoveu uma discussão com a plateia sobre o tema. Muitas pessoas relataram casos e um menino, chamado Felipe, revelou que sofre com o bullying.

Comovidos com a agressão sofrida pelo menino, Marcius Melhem, Luciano e Maria Rita também comentaram o bullying. Para finalizar a conversa, Serginho Groisman propôs ajudar e acompanhar o Felipe para mostrar a evolução do caso.

Para ver a matéria na íntegra, clique aqui!

Fonte: http://altashoras.globo.com - 17/04/2010

RS lança comitês contra a violência nas escolas

Apresentado pelo governo gaúcho, o programa estabelece

a integração das atividades de prevenção

O governo gaúcho, aliado a entidades, deu ontem o primeiro passo na mobilização estadual contra uma chaga escolar. Com foco prioritário no combate ao bullying (agressão física ou psicológica que visa a humilhar pessoas de forma sistemática), um encontro em Porto Alegre deu início ao comitê comunitário de prevenção à violência na escola.

Apresentada pelo governo do Estado aos parceiros, a proposta prevê a união de diferentes entidades e instituições que já têm programas para coibir o problema, criando um esforço conjunto e integrado. Comitês estadual, regional e local se encarregariam de desenvolver ações de prevenção e teriam a missão de fazê-las chegar às escolas e aos seus entornos, como mostrou Zero Hora na edição de segunda-feira.

– Nossa ideia é materializar essas ações com o apoio e participação ativa de um sistema permanente de discussão da questão da violência que não só seja apropriado pelas escolas, mas pelas comunidades – afirmou o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo.

Há pelo menos quatro anos, equipes da Saúde Escolar atuam para combater a violência, mas a intenção agora é que parta dos próprios colégios a prevenção. Uma nova reunião, programada para a última semana do mês, articulará as primeiras atividades da iniciativa. O programa pretende estimular que as instituições promovam palestras, preparem professores para enfrentar o problema e incentivem práticas saudáveis de alunos.

A iniciativa ainda tem a pretensão de montar estatísticas sobre o assunto para traçar as estratégias com melhor eficácia. Um dos poucos dados disponíveis mostra que, no Brasil, um em cada três estudantes afirma ser vítima de bullying. O levantamento foi feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) com estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental em 27 capitais brasileiras.

Lei estadual já prevê combate ao problema

O Rio Grande do Sul já tem uma lei estadual que estabelece políticas públicas contra o bullying nos colégios públicos e privados. De autoria do deputado estadual Adroaldo Loureiro (PDT), a lei não determina o que deve ser feito, nem sugere punições aos alunos agressores ou a escolas negligentes. A ideia é privilegiar mecanismos alternativos, em que cada instituição de ensino adapte a política mais adequada a sua realidade.

A preocupação com a violência escolar aumentou no país desde o assassinato de 12 estudantes no Rio de Janeiro, na semana passada. Relatos indicam que o autor da chacina carioca, Wellington Menezes de Oliveira, era vítima sistemática de maus-tratos por parte de colegas, quando estudava no colégio que acabou se tornando alvo da matança praticada por ele.


Fonte: Zero Hora Online - 15/04/2011

Livro: Bullying Escolar - Perguntas e Respostas

Mais uma dica de leitura sobre o Bullying. Escrito por Celo Fantes e José Augusto Pedras.

Para saber mais sobre o livro, clique aqui!


Fonte: http://portaldelivros.com.br

Política antibullying

O massacre na Escola Tasso de Oliveira, no Rio, provocou consternação em todo o país, mas é preciso reagir à tragédia não só com reflexões que se esgotem no próprio debate. Ações concretas, a partir da análise do episódio, devem ser acionadas pelo setor público, pelas escolas, por especialistas e pelos pais. Nesse sentido, é positiva a decisão da Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul de estimular a criação de comissões antiviolência nas mais de 2,5 mil escolas estaduais. A iniciativa é particularmente elogiável pelo fato de prever prioridade ao combate ao bullying – a agressão física ou psicológica que humilha pessoas de forma sistemática e que se dissemina de forma alarmante no meio escolar.

Nenhuma motivação justifica a chacina do Realengo. Mesmo que o autor dos assassinatos tenha sido alguém com graves problemas mentais, não há como anistiar seu ato. Wellington Menezes de Oliveira cometeu uma barbárie. Não há, no entanto, como ignorar o conjunto de fatores, já relacionados exaustivamente por especialistas, que se somaram para determinar o que ocorreu. O bullying é um desses componentes. Ex-colegas do homicida relataram, em detalhes, as crueldades sistemáticas às quais Wellington se submetia. São práticas que se repetem nas escolas brasileiras e revelam distúrbios também de seus autores, muitas vezes tratados com negligência pelo ambiente escolar.

As comissões antiviolência a serem criadas nos colégios estaduais reforçam outras iniciativas já adotadas, com o mesmo objetivo, por educandários gaúchos. Escolas são o lugar do aprendizado e da convivência. São também, no sentido mais amplo, o espaço civilizatório, do respeito mútuo e da aceitação das diferenças. O bullying é a subversão desse ambiente. Deve ser combatido, não só porque pais e alunos possam temer a repetição do que ocorreu no Rio. Deve ser banido das escolas em nome de regras elementares da vida em sociedade. Respeitar o outro e suas peculiaridades é uma conduta básica, ética e moralmente inegociável em qualquer circunstância, dentro e fora das escolas.


Fonte: Zero Hora Online - 12/04/2011

Filme "Como Estrelas na Terra - Toda Criança é Especial"

'Como Estrelas na Terra' conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo.

Este filme fala sobre o modo como a arte e a educação são importantes ferramentas de estímulo ao desenvolvimento de uma pessoa quando aplicadas intencionalmente para a sua felicidade, independente do problema ou desvio que tiver.





Fonte: http://filmow.com - 15/04/2011

Curtas Gaúchos: A Peste da Janice

O curta aborda o preconceito em uma sala de aula. A filha da faxineira é debochada pelas novas colegas que inventam uma "peste" para mantê-la afastada do grupo. A peste da Janice foi ao ar em 2008, na RBS TV e foi premiado nos festivais de Gramado, Rio de Janeiro e Huelva, na Espanha.




A Liga investiga tema polêmico: "Jovens Violentos"



A Liga, programa da Rede Bandeirantes, revela o universo de crianças e adolescentes que praticam ou sofrem com uma hostilidade hoje conhecida como bullying. Este fenômeno cresce dia a dia e pode começar como uma simples brincadeira, porém rapidamente se transforma em violência física e/ou verbal nas escolas de todo o mundo.

Confira a investigação de casos que envolvem meninos e meninas de todas as classes sociais que se utilizam da lei do mais forte como forma de expressão e até mesmo de "diversão". A hostilidade hoje em dia não tem limites e chegou até mesmo à escola, em que o respeito e a disciplina deveriam prevalecer.

Quais as consequências disso para o futuro desses jovens? E como reagem os pais para corrigir tal situação?









































Fantástico 27/03/2011 - Bullying um preconceito sem fim

Dia 27/03/2011, o Fantástico reuniu pais, o diretor de uma escola e a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva para debater o bullying.

A imprensa vem fazendo um bom trabalho de divulgação sobre o tema.

Este vídeo apresenta vários depoimentos de pessoas que sofreram bullying.
Confira!