17 de mai. de 2010

Como prevenir o problema na escola

Através dos Grupos de Estudos na Educação Infantil, do Colégio Farroupilha, um dos grupos debruçou-se sobre o bullying. Encaminho um recorte do texto produzido pelos professores e que serve de alerta para todos nós, educadores:

Para evitar o bullying, as escolas devem investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Para os professores, que têm um papel importante na prevenção, alguns conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar.

• Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar.

• Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância.

• Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos.

• Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying procure imediatamente a direção da escola.

• Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos.

A agressividade infantil é um assunto bastante amplo e podemos notar suas raízes desde o início das relações das crianças ainda na educação infantil. Uma criança que morde o amiguinho até dois anos de idade, não pode ser rotulada como agressiva. Ela ainda não sabe usar a linguagem verbal e a linguagem corporal acaba sendo mais eficiente. A intenção da criança, ao morder ou empurrar, é obter o mais rápido possível aquele objeto de desejo.A agressividade aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes. Comportamento comum, porém necessário ser amenizado até extinguido mais uma vez explicando à criança que não é um comportamento adequado.É essencial saber discernir quando um comportamento agressivo é passageiro, por motivos temporários, como o nascimento de um irmãozinho, a hospitalização ou perda de um ente querido. Ou ainda, por mudança de casa ou escola ou se pode ser considerado como um transtorno de conduta, caso em que é necessário um acompanhamento de especialista para auxiliar a sanar o problema.

Por volta dos três anos, as crianças já acrescentaram milhares de palavras ao seu vocabulário e começam a descobrir o prazer em brincar com o outro e se comunicar. O egocentrismo começa a sair de cena e começa a socialização. Nesta fase, o comportamento agressivo intencional, ainda aparece esporadicamente e via de regra, não apresentam uma continuidade.

Já aos quatro, cinco e seis anos identificamos alguns comportamentos de discriminação que podem ter repetidamente o mesmo alvo. Aparecem os conflitos, “panelinhas”, provocações e humilhações. É aqui que pais e educadores devem estar atentos para poder inibir esse comportamento antes que ele se instale e seja mais difícil de eliminá-lo.Quando as próprias crianças criam as regras elas ganham um significado maior e têm um grande impacto nas ações.

Deve-se também trabalhar valores morais éticos como solidariedade, compartilhamento, cooperação, amizade, reciprocidade dentre outros.É muito importante detectar e combater o comportamento agressivo ainda na primeira infância, pois quando a criança não encontra obstáculos ou alguém que a alerte mostrando que não é um comportamento adequado, ela percebe que consegue liderar e tirar proveito destas situações e no futuro certamente tornar-se-á um agente do bullying e, muito provavelmente um adulto violento.A personalidade da criança forma-se até os seis anos de idade e por isso, toda experiência e sua qualidade vivida nessa fase é de fundamental importância.

Cleusa Beckel - Coordenadora de Ensino do Colégio Farroupilha

3 comentários:

  1. Agradeço ao SINEPE por compartilhar com colegas parte do texto elaborado por um dos Grupos de Estudos dos professores da Educação Infantil do Colégio Farroupilha. Acreditamos que prevenir é uma excelente alternativa! Att, Cleusa/Coordenadora de Ensino

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  3. que bom isso que ajudou muito, pq eu nao estava mais aguentando a roberta e a sofia

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